17 dez - 2019 • 19:00 > 17 dez - 2019 • 22:00
17 dez - 2019 • 19:00 > 17 dez - 2019 • 22:00
Exibição do Filme e talk com Murilo Gun, Felipe Haeckel, Dante Freitas e Renan Hannouche.
O documentário Bit Boys narra a trajetória de empreendedores digitais de Pernambuco que estavam à frente do seu tempo
Os primórdios do Facebook e do IFood
O filme, que ainda conta com depoimentos de Silvio Meira e Cláudio Marinho, duas referências do mercado de tecnologia, faz a gente entender o porquê do ecossistema de inovação de Pernambuco ter alcançado hoje em dia essa projeção nacional e até internacional. Uma verdadeira “explosão” de startups! Então será que não estamos vivendo uma nova bolha da internet? Vale a pena conferir e tirar as conclusões.
Com roteiro e direção do renomado Léo Falcão - Mães do Pina (2015) e Língua Mãe (2011) -, trilha sonora de Dj Dolores, conhecido pelas parcerias com Chico Science na época do Movimento Mangue Bit, e produzido pela Cereja Filmes, Bit Boys prende a atenção do início ao fim.
Fica a sensação de que o filme Bit Boys narra a história sobre “estar certo na hora errada”. Tanto é que o espírito empreendedor dos protagonistas Murilo Gun e Felipe Haeckel permanece mais vivo do que nunca. Gun foi um dos primeiros stand-ups do país e hoje faz sucesso na área de educação com milhares de seguidores nas redes sociais (mais de 500 mil no Facebook e mais de 400 mil no Instagram). O sucesso é tanto que há vídeos dele com mais de 1 milhão de visualizações. Já Haeckel se transformou num importante construtor, principalmente, na área de hotelaria.
O mais engraçado é que, pensando em parecer adultos, os garotos participavam de reuniões vestidos com ternos e gravatas. Tudo ia de vento em polpa. Mas como nos contos de fada, a tal da “bolha” estourou e com ela se evaporaram nada menos que US$ 3 trilhões. Resultado: a Bit e milhares de outras empresas de tecnologia pelo mundo afora fecharam as suas portas.
Quase não se ouvia falar de Google, tampouco Amazon. E Facebook e IFood? Bem, esses dois nem existiam ainda, e os caras, em plena era da internet do século passado, chegaram a criar com a Bit os sites ‘Comente’ e ‘Peça Comida’, dois primórdios dos gigantes da tecnologia.
O termo “bolha” não surgiu em vão. Só para se ter uma ideia, logo que fundaram a Bit, os jovens foram surpreendidos por um investidor de peso do Recife, que, ao ver um negócio genial naquele pequeno empreendimento, ofereceu na época nada menos que R$ 1 milhão para adquirir 50% da empresa. A startup cresceu, passou a ter 40 funcionários e virou referência nacional e (por que não?) internacional.
Com belas imagens do Recife, que chega a ser até um “personagem” à parte, o filme tenta explicar a “bolha da internet”, um dos maiores períodos de especulação financeira de todos os tempos, através do ponto de vista de uma empresa local. O termo startup nem existia, mas a Bit já era uma. Sem dúvida, um case global, contado por personagens de Pernambuco à frente de seu tempo.
E foi daí que nasceu a ideia do documentário Bit Boys, que narra a trajetória desses quatro empreendedores digitais, no início do polo de informática em Pernambuco. A história se passou no período da revolução da Web 1.0 e na celebração do surgimento da assim conhecida “Nova Economia”, em plena nostalgia dos anos 1990.
Quando hoje se pede comida através de um aplicativo ou se posta algo numa rede social, ninguém imagina que as primeiras experiências sobre esses fenômenos também aconteceram em Pernambuco, e o mais interessante, encabeçadas por adolescentes prodígios de 16 anos de idade. No final dos anos 1990, com o surgimento da internet comercial, os inquietos garotos Murilo Gun e Felipe Haeckel abandonaram a escola e se juntaram a Walter Santiago e Divágoras Holanda para criar a Bit, uma das primeiras empresas de tecnologia do país. O negócio fez sucesso, mas não por muito tempo por não suportar os efeitos da crise mundial no setor.
Avenida República do Líbano, 251 Pina
Recife, PE
Felipe Haeckel
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