O espetáculo tem como proposta resgatar a música brasileira da década de 70 trazida pelo Clube da Esquina e a cantora Elis Regina.

Inovações nas estruturas harmônicas e rítmicas trazidas desde o jazz de Toninho Horta, a música clássica de Wagner Tiso, o rock progressivo de Beto Guedes e as belas melodias de Bituca entusiasmaram a cantora, motivando a sua interpretação.

Eram os difíceis tempos da ditadura militar no Brasil, em que alguns compositores exilaram-se ou se tornaram ufanistas sem compromisso político, enquanto outros como Milton Nascimento e Elis Regina conseguiram resistir.

E foi neste ambiente que surgiu “Clube da esquina”: grupo de amigos músicos mineiros que com o ideal de “Pé na estrada”, contracultura e desbunde presentes na música, assume uma postura que longe de ser alienada. Era uma forma de contestação ao sistema, era uma forma de se manter em movimento e agir!

A ideia do show “Nada será como antes”, título da Canção homônima de Milton Nascimento, é reviver este grande movimento da música brasileira sobre a ótica de Elis Regina, que além de cantar os melo-poemas, promovia uma ambiência sonora em que a voz produzia sons com timbres variados, intensificando a metalinguagem e a intertextualidade promovida pelos compositores mineiros do Clube da Esquina.

Tendo idealizado o projeto Memória Elis Regina em 2008, realizando desde então diversos shows que tratavam de períodos específicos da carreira da cantora que foram apresentados em teatros e salas de espetáculo da capital e interior do RS, o grupo Rosana Marques e Banda realiza neste ano o show “Nada será como antes”, trazendo uma releitura deste importante movimento da música popular brasileira.

A banda é formada por Thomas Werner na guitarra, Adilson Oliveira no baixo elétrico, Matheus Mussatto na bateria, Rosana Marques na voz e teclados Ismael Gomes.

Numa conjunção de influências individuais que preserva a criação coletiva, o grupo faz com que o instrumental seja também um protagonista e não apenas um acompanhamento para a voz principal, caracterizando assim uma inovação estética.

No repertório temas que foram consagrados por Elis Regina como “O que foi feito devera”, “Caxangá”, “Maria, Maria”, “O medo de amar é o medo de ser livre”, “Conversando no bar”, “Fé cega faca amolada”, “San Vicente”, “Trem Azul”, “Nada será como antes”, “Ponta de areia”, dentre outras.

Nosso espetáculo conta com intérprete de libras, tornando a experiência ainda mais acessível e inclusiva A tradução simultânea das canções e diálogos para a língua de sinais amplia a compreensão e a valorização do texto, possibilitando que todos desfrutem plenamente do espetáculo.