Em um processo evolutivo de bilhões de ano, a pragmática da comunicação humana ainda é um objeto de estudo importante e além dos limites epistemológicos e pedagógicos. Desde o nascimento, mamíferos reproduzem comportamentos de acordo com sua cultura, seus dogmas, cuidados parentais e de estruturas educacionais, formando assim sua – possível – identidade. Seu olhar e percepção é individual mesmo sendo amplamente influenciado pelo modus operandi familiar e cultural. Como disse o biólogo Bruce Lipton “O cérebro só reconhece aquilo que já viveu” e tenta dar nome, cor e sentido às experiências vividas. Cada um de nós trás esses traços da percepção, criando laços e até mesmo modificando nossa fisiologia para nos readaptarmos à vida, ao cotidiano e aos traumas. Gabor Maté, célebre médico estudioso em traumas emocionais humanos traduz que todo indivíduo modula seu cérebro e comportamento de acordo com as experiências vividas. Essas experiências dão sentido, forma e recriam a ideia de verdade e realidade de cada um. Através dessa hipótese, com base na Epigenética e Metilação do DNA humano, damos corpo às experiências consideradas boas e não boas, fugindo ao máximo do julgamento prévio. Se considerarmos uma experiência não boa, tomando como exemplo uma doença, nosso cérebro irá trazer sensações individuais para lidar com os processos de recuperação de um tecido lesado ou o diagnóstico de cronicidade. Essa leitura dos sinais do corpo é restritamente um duelo amigável entre as amígdalas cerebrais e o giro pré frontal, sem vencedor ou perdedor, e sim como formas adaptativas para a promoção da homeostasia. Essa ferramenta fisiológica também é traduzida à subjetividade da mente, corporificando em formato de sintomas – por vezes não compreendidos pela racionalidade e através da comunicação humana em sujas narrativas. Esse artigo faz um apanhado científico da importância das Narrativas na formação do modelo fisioterapeutico e a cooperação das práticas integrativas como plano de fundo do espetáculo da vida e do sujeito como membro da sociedade.

O que você aprenderá?

. melhora da comunicação e precisão do histórico do paciente;

.compreensões de como as evidências podem ser interpretadas de maneiras diferentes,

.exposição de preconceitos e medos em um formato de autorreflexão,

. Epigenética aplicada a fisioterapia 

. Experiências somáticas 

. Introdução a Leitura Biológica 

. Melhoramento e fortalecimento da relação terapeuta-paciente (aumentando a confiança e a empatia),

. entendimento da transitoriedade do conhecimento  em fisioterapia 

. melhora do relacionamento com os colegas e a eficácia da equipe de saúde,

.aumento da satisfação no trabalho e diminuindo o esgotamento clínico (autoconsciência e atenção ao autocuidado)

Ementa:

- Princípios básicos de Epigenética                                                     

- Embriologia Mesodérmica

- Fisiologia do Corpo físico e corpo sutil                                             

- Lateralidade

- Influências psíquicas nas alterações biomecânicas                     

 - Corporificação de sintomas

- Fenomenologia da percepção                                                              

- Análise teóricoprática de  seguimentos corporais.

- Psicossomática corporal                                                                    

- Anatomia emocional e sensorial                                                      

- Memórias teciduais