10 out - 2024 • 20:00 > 10 out - 2024 • 21:00
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O Livro dos
Prazeres
Inédito nos palcos paulistanos, espetáculo “O Livro dos Prazeres” de
Clarice Lispector, estrelado por Melise Maia e Caio Paduan estreia em outubro
na cidade de São Paulo para uma curta temporada.
Estreia no dia no 02 de outubro, no Teatro Ruth Escobar, o espetáculo “O
Livro dos Prazeres” de Clarice Lispector protagonizada pela atriz Melise Maia,
que também assina a adaptação e pelo ator Caio Paduan. A peça tem direção de
Ernesto Piccolo e direção musical e trilha sonora de Edu Lobo.
A montagem que chega à capital paulista já fez duas temporadas na cidade
do Rio de Janeiro e participou do Festival Literatura em Cena em Niterói. A
obra “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres” é o sexto romance da escritora
Clarice Lispector, publicado em 1969.
A obra começa com uma vírgula: ", estando tão ocupada, viera das compras
de casa que a empregada fizera às pressas porque cada vez mais matava
serviço..."
A inusitada
introdução é apontada, pelo crítico Benedito Nunes, como uma indicação de que o
romance deve ser lido como uma continuação das obras anteriores de Clarice
Lispector, em especial de ‘A Paixão Segundo G.H.’ (1964), que por sua vez
termina com dois pontos:
A história narra o
início do relacionamento amoroso entre Loreley, mais conhecida como Lóri, uma
professora primária, e Ulisses, um professor de filosofia. A tensão entre
os dois, que tem objetivos e desejos diferentes, leva a um processo de aprendizagem
e de autodescoberta.
“Nesta adaptação
teatral, o início do espetáculo acontece com o processo criativo de Clarice
Lispector escrevendo, em cena, um livro onde a professora primária Loreley, sai
de Campos para o Rio de Janeiro, em busca de uma liberdade impossível de ser
alcançada numa cidade do interior. A narrativa acompanha o processo angustiante
e prazeroso característico dos amantes. Nessa jornada, Lóri segue em busca de
si mesma e do prazer sem culpa. Ulisses funciona como um farol, iluminando os
caminhos para que ela possa viver um grande amor”, explica atriz e adaptadora Melise Maia.
Clarice Lispector - Nascida Chaya
Pinkhasivna Lispector em Chechelnyk, no dia 10 de dezembro de 1920, faleceu no
Rio de Janeiro, em 9 de dezembro de 1977. Foi uma escritora e jornalista brasileira
nascida na Ucrânia. Autora de romances, contos, e ensaios, é considerada uma
das escritoras brasileiras mais importantes do século XX. Sua obra está repleta
de cenas cotidianas simples e tramas psicológicas, reputando-se como uma de
suas principais características a epifania de personagens comuns em momentos do
cotidiano. Quanto às suas identidades nacional e regional, declarava-se
brasileira e pernambucana.
Nasceu
em uma família judaica russa que perdeu suas rendas com a Guerra Civil Russa e
se viu obrigada a emigrar em decorrência da perseguição a judeus, à época, a
qual resultou em diversos extermínios em massa. Especula-se que a mãe de
Clarice teria sido violada por soldados russos durante a Primeira Guerra
Mundial. A futura escritora chegou ao Brasil, ainda pequena, em 1922, com seus
pais e duas irmãs. Clarice dizia não ter nenhuma ligação com a Ucrânia -
"Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" -
e que sua verdadeira pátria era o Brasil. Inicialmente, a família passou um
breve período em Maceió, até se mudar para o Recife, onde Clarice cresceu e
onde, aos oito anos, perdeu a mãe. Aos quatorze anos de idade transferiu-se com
o pai e as irmãs para o Rio de Janeiro, local em que a família se estabilizou e
onde o seu pai viria a falecer, em 1940.
Estudou Direito na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, conhecida como Universidade do Brasil,
apesar de, na época, ter demonstrado mais interesse pelo meio literário, no
qual ingressou precocemente como tradutora, logo se consagrando como escritora,
jornalista, contista e ensaísta, tornando-se uma das figuras mais influentes da
Literatura brasileira e do Modernismo, sendo considerada uma das principais
influências da nova geração de escritores brasileiros. É incluída pela crítica
especializada entre os principais autores brasileiros do século XX.
Suas principais
obras marcam cada período de sua carreira. “Perto do Coração Selvagem” foi seu
livro de estreia, publicado quando Clarice tinha 24 anos de idade; “Laços de
Família”, “A Paixão segundo G.H.”, “A Hora da Estrela” e “Um Sopro de Vida” são
seus últimos livros publicados. Faleceu em 1977, um dia antes de completar 57
anos, em decorrência de um câncer de ovário. Deixou dois filhos e uma vasta
obra literária composta de romances, novelas, contos, crônicas, literatura
infantil e entrevistas.
FICHA TÉCNICA:
Autora: Clarice Lispector
Adaptação: Melise Maia
Elenco: Melise Maia e Caio Paduan
Direção: Ernesto Piccolo
Direção de produção: Fabio Camara
Direção Musical e Trilha Sonora: Edu Lobo
Trilha Sonora (gravação): Biscoito Fino
Músicos: Mauro Senise (Sopros), Cristóvão Bastos
(Piano) e Jorge Helder (Contrabaixo)
Direção de Movimento: Marcia Rubin
Cenografia: Rostand Albuquerque
Iluminação: Eduardo Salino
Figurino: Marcela Treiger
Operação de som: Ana Carolina
Operação de luz: Jackson Oliveira
Fotos: Guilherme Bezerra
Programação visual e redes sociais: Stephano Matolla
Assessoria de imprensa: Fabio Camara
Produção local: Lugibi Produções Artísticas
Idealização: Melise Maia
Realização: Rimel produções
SERVIÇO:
LOCAL: Teatro Ruth Escobar – Sala Gil Vicente. (Rua
dos Ingleses 209 – Bela Vista). 270 lugares.
DATA: 02/10 até 31/10 (Quarta e quinta 20h)
INGRESSOS: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia).
INFORMAÇÕES: 11 3289 2358
CLASSIFICAÇÃO: 12 anos
DURAÇÃO: 60 min
EQUIPE:
Ernesto Piccolo, ator e diretor, se destaca no meio cultural
por sua versatilidade tanto no teatro, no cinema, como na TV. Seus últimos
espetáculos como diretor foram: ‘Divã’, com Lílian Cabral, ‘A História de Nós
Dois’, com Alexandra Richter, ‘Doidas e Santas’, com Cissa Guimarães e ‘Simples
Assim’, com Julia Lemmertz. “Duetos” com Du Moscovis e Patrícia Travassos. Além
do grande sucesso infantil ‘Detetives do Prédio Azul’.
Melise Maia iniciou sua carreira no fim dos anos 70, e fez alguns espetáculos
de sucesso, como: “Peer Gynt”, “Vejo um Vulto na Janela me Acudam que eu Sou
Donzela”, “Por um Triz Não Sou Feliz”, “Tributo”, “Os Sete Gatinhos”, “Um
Pijama para Seis”, “Toda donzela tem um pai que é uma fera”, “Não explica que
complica”, “Quatro adultérios e um funeral”, entre outros. Participou de
algumas novelas como “O Outro”, “De Corpo e Alma”, “Que Rei Sou Eu”, “Páginas
da vida”, entre outras. Depois partiu para experiências mais autorais tanto no
teatro, como no cinema e na TV. Escreveu e realizou as peças teatrais: "As Absorventes" e "O Diabo
Veste Saara", em parceria com Marcelo Lino. Escreveu e realizou alguns
curta metragens que participaram de vários festivais nacionais e
internacionais, ganhando alguns prêmios com um deles: "O Caso Libras"
e também escreveu dirigiu e produziu uma série para TV: "Ribanceira" que ganhou um edital
pela Ancine e foi ao ar no Canal Brasil em 2016.
Caio Paduan estreou aos 18
anos no espetáculo “Good Morning com direção dos renomados Deto Montenegro e
Candé Brandão. Em 2011, durante a peça “Avalon”, na qual interpretou o “Rei
Arthur", foi descoberto por um produtor da TV Globo que o levou a sua
estreia na televisão em 2011/2012, interpretando o protagonista “Gabriel” em
“Malhação Conectados”. Em 2013 Caio voltou aos palcos do teatro para as peças
“33 Dedos Bem aquecidos” e em “Pra Sempre Nunca Mais”. Em 2015, participa da
novela, “Além do Tempo”. No ano seguinte ganhou destaque ao dar vida ao vilão
“Alex” da novela das sete, “Rock Story”. Em 2017, o ator viveu o ‘‘delegado
Bruno”, na novela das nove “O Outro Lado do Paraíso”. Em 2019, deu vida a
“Quinzinho”, em “Verão 90”. O ator também fez papéis de destaque na Record TV,
interpretando “Abinadabe” na série “Reis”. No cinema, em 2021, o artista fez
parte do elenco do longa “Fazendo Meu Filme e também atuou no filme “Ninguém é
de Ninguém”, com direção de Wagner de Assis. No ano passado, o ator ainda
participou de um espetáculo da Broadway: 'The Boys In The Band'. Em 2023, foi
iniciada uma nova etapa na trajetória de Caio Paduan, realizando o seu primeiro
musical como diretor criativo no espetáculo ‘‘Iron - O Homem da Máscara de
Ferro’’, que ficou em cartaz na capital paulista. Esse é o primeiro projeto de
um Hub de criação e desenvolvimento fundado pelo artista, em que Caio não só
atua em novos projetos, como também os idealiza por completo. Esse ano foi
indicado ao Prêmio Bibi Ferreira de melhor ator pelo espetáculo Palhaços.
CRÍTICAS:
“A imersão da atriz Melise Maia, nas páginas de “Uma Aprendizagem
ou o Livro dos Prazeres”, publicado por Clarice Lispector (1920-1977) em 1969,
com sua “Lóri”, inunda o palco da Casa de Cultura Laura Alvim de tensão. Sua
estrela esbanja viço na maneira de esgrimar frases de concreto armado. A peça
traz a direção inquieta de Ernesto Piccolo que se posiciona entre a arrancada
do processo de escrita de um romance, enquanto “Ulisses”, o professor de
filosofia defendido por Rafael Queiroz apresenta um deslumbre de atuação, seus
movimentos na direção de Melise são de acolhimento, na percepção de que um
abraço pode ser um abrigo”. Rodrigo Fonseca (crítico
teatral – Estadão-SP).
“A adaptação de “Uma Aprendizagem ou o livro dos prazeres" é
um perfeito itinerário do que deve ser o teatro contemporâneo. A direção de
Ernesto Piccolo transforma as experiências amorosas dos dois personagens em
poesia do encontro. E a trilha sonora e direção musical de Edu Lobo são uma
verdadeira sinfonia do que deve ser o fazer, a educação do prazer da paixão.” Claudia Chaves (crítica teatral – RJ).
“Eis que Ulisses e Lori se encontraram no bairro de Ipanema, como
na aprendizagem de Clarice. Eu vi Lori e Ulisses em cena. Eu vi! O encontro de
Melise Maia com “O Livro dos Prazeres” estava marcado há séculos: paixão e
afeto. Teatro com “vibrações translúcidas, potentes e ecoantes em pleno ar da
vida”, como escreveu Clarice Lispector. Teresa Montero
(Professora e uma das biógrafas de Clarice).
“A transposição da obra de Clarice para o palco foi feita com
sensibilidade. A montagem galvaniza a plateia.”. Aloisio Abreu (ator, diretor, roteirista e júri do Prêmio APTR).
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