O que te escrevo é puro corpo inteiro leva à cena um professor de Literatura, escritor, ator que decide passar a limpo a sua história de vida, fazendo uma reflexão sobre sua relação dialógica com os seus alunos, seus leitores, seu púbico, consigo e suas relações afetivas.  

Trata-se de uma aula-espetáculo-homenagem para um possível professor-ator-poeta que para muitos parece falecido. É uma teatralidade homenageada. São arquivos de si. Poemas de si. Lembrando dos outros. Lemos poemas, lembramos velhas histórias.

Uma mesa embalsamada. Ali está nosso poeta da cena.

O que eu te escrevo é puro corpo inteiro pode ser lido como um longo poema sobre as sortes e as misérias do artista e do educador. “Longo” pelo seu arsenal de jogos de palavras infinitas, “poema” pela combinação entre liberdade e cinzelamento da língua, espalhada no papel segundo uma métrica e um ritmo.