Romeu e Julieta do Teatro de Roda

Sala Municipal Baden Powell. Av. Nossa Sra. de Copacabana, 360 - Copacabana.

Dias 18 e 19 de março, às 18h. (Sábado e Domingo)

 Ingresso 60,

Meia 30, 

 75 minutos.

Classificação: 10 anos.

Projeto CLÁSSICOS DO TEATRO - Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2006

Há quase duas décadas no repertório da Cia. Teatro de Roda. 

“... e o amor, mais forte do que o ódio, sepultou o ódio na morte”.

A mais famosa peça de William Shakespeare, “ROMEU e JULIETA”, com direção do Brilhante Mariozinho Telles*, idealizador do Projeto Clássicos do Teatro, atualmente, sob a supervisão de Maria Rita Rezende - sua companheira de vida e de palco.

O espetáculo se dirige à juventude e aborda, principalmente, o tratamento dispensado às questões do amor e a violência como formas de expressão existencial; resgata Julieta Capuleto do bálsamo romântico da inocência e da submissão para revelá-la como um ícone libertário, íntegro e coerente. Em abordagem contemporânea, traz intenções coloquiais, poéticas e, ao mesmo tempo, grandiloquentes; ambientado na vida atual do Rio de Janeiro, o conflito entre Montecchios e Capuletos localiza seus personagens nas tribos e nos grupos da população desta cidade; preservando a beleza dos versos de Shakespeare na tradução irretocável do poeta Onestaldo de Pennafort e a direção astuta de Mariozinho Telles, fala na linguagem direta do Rap e do Hip-hop com sotaque carioca.

 Uma bem sucedida pesquisa de linguagem cênica – um teatro do ator.

 A encenação desenvolvida por Mariozinho Telles, sem cenários, constrói os ambientes e os climas a partir do estudo corporal das atitudes e posturas que a arquitetura, a geografia e as situações impõem; atores em palco livre revezam-se pelos personagens que povoam a ação de William Shakespeare. 

O corpo e a voz no tempo e no espaço são os elementos primordiais desta pesquisa. Iniciada por Mariozinho Telles nos idos da década de 70, desde sua montagem de STRIP TEASE, de Slawomir Mrozek, sucesso no Rio, São Paulo e Brasília, veio a ter continuidade nos anos 90 com a montagem de UM HOMEM É UM HOMEM, de Bertolt Brecht, nos teatros Gláucio Gill e João Caetano, no Rio de Janeiro. Até que em 2006, aprofunda essa pesquisa com as montagens de ROMEU E JULIETA, de William Shakespeare e ANTÍGONA, de Sófocles, espetáculos desenvolvidos no processo de investigação do Curso de Interpretação Cênica do Projeto Clássicos do Teatro, na Casa de Cultura Laura Alvim e contemplados com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz - 2006.

  Em 2008 COMÉDIAS DE ARTHUR AZEVEDO passam a integrar o repertório de Clássicos.

*Em 2017, após a morte de Mariozinho, o Teatro de Roda, confirma a permanência do repertório com a temporada 'Clássicos no Dulcina', em homenagem ao diretor e idealizador MARIOZINHO TELLES, que deixou para o teatro carioca sua obra artística, seguindo pulsante nas veias dos atores de sua companhia, que mantém os espetáculos, além de desenvolver novas propostas.

Já em 2018, ROMEU E JULIETA fez temporada no Espaço Rogério Cardoso, na Casa e Cultura Laura Alvim, comemorando 12 anos do espetáculo no repertório da Companhia; onde voltou a se apresentar em janeiro de 2020.

Em 2020, no Projeto CLÁSSICOS DO TEATRO, apresenta com a Turma avançada de alunos e o núcleo profissional do Teatro de Roda, os espetáculos: AA COMEDIAS, de Artur Azevedo e o núcleo profissional: ROMEU E JULIETA, de William Shakespeare, na Casa de Cultura Laura Alvim.

Durante o período de isolamento social, participou da OffFlip Transviral 2020 On-line (16ª edição), com a Live de abertura, e na Roda de conversa sobre o processo de montagem e manutenção do “Romeu e Julieta”, no Projeto CLÁSSICOS DO TEATRO, criado por Mariozinho Telles e também com a Leitura encenada on-line do espetáculo teatral ‘Entre a missa e o almoço’ de Arthur Azevedo do Projeto CLÁSSICOS DO TEATRO.

Em 2021, estreou com distanciamento social o espetáculo ROMEU E JULIETA WEB, de William Shakespeare, sob direção de Maria Rita Rezende, através da plataforma do Sympla. E que também dirigiu as Leituras de Poesias na 17ª OFFflip OBS – Teatro de Roda com “Gerência da Vida: Reflexões Filosóficas” de Lenilson Naveira e Silva.

SINOPSE COMPLETA

O espetáculo é um diálogo entre o imediato contemporâneo e a eternidade civilizadora dos conceitos clássicos na comunicação teatral, aborda, principalmente, o tratamento dispensado às questões do amor e a violência como formas de expressão existencial, localiza seus personagens nas tribos e nos grupos da população juvenil desta cidade; preservando a beleza dos versos, porém falando na linguagem direta do Rap e do Hip-hop com o sotaque carioca:

O coro dos cidadãos manifesta insatisfação com a contenda entre Montecchios e Capuletos.

Romeu Montecchio opta pelos combates amorosos; em festa, na casa inimiga, encanta-se por Julieta Capuleto; apaixonados à primeira vista, decidem casar-se no dia seguinte.

Frei Lourenço, vislumbrando o fim da rivalidade entre as famílias concorda em casá-los.

Ao encontrar os amigos em briga com Teobaldo, Romeu tenta apaziguá-los e procura evitar o desafio que lhe é desferido pelo primo da esposa; Mercucio assume a contenda em seu lugar, sendo mortalmente ferido; Romeu mata Teobaldo e tem o exílio como pena.

Prometida ao Conde Páris, Julieta recorre ao Frei que lhe dá uma poção para simular a própria morte e fugir com Romeu até que possa explicar às suas famílias.

No exílio, Romeu recebe a notícia de morte da esposa, corre ao mausoléu Capuleto, onde dá fim a sua própria vida. Julieta ao despertar encontra o corpo de Romeu e o segue na morte, deixando arrependimento e dor aos familiares rivais.

Sem cenários, os atores em palco livre revezam-se pelos personagens que povoam a ação, constroem os ambientes e os climas a partir do estudo corporal das atitudes e posturas que a arquitetura, a geografia e as situações da cena impõem.

Uma bem sucedida pesquisa de linguagem cênica – um teatro do ator.

Integra o repertório do Projeto Clássicos do Teatro, do Teatro de Roda

- Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2006

TRAJETÓRIA:

 Esta montagem de ROMEU E JULIETA estreou no CTO-Rio em 2006; apresentou-se no Circuito Estadual das Artes - SESC-Rio, em Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Itaocara e Angra dos Reis, no Teatro Laura Alvim e no Teatro SESC Madureira; foi apresentada, também, no 4º Salão do Livro do Tocantins; e no Teatro Princesa Isabel, no Cine Arte UFF, no Espaço Sérgio Porto, no Espaço Cultural FINEP, no Viradão Carioca, no CCBB-RJ, no Teatro Dulcina, em universidades, escolas e comunidades.

Nos textos clássicos tanto se tem descoberto e interpretado quanto há por ser feito e inventado, à luz de cada época em que são revisitados e têm a sua mensagem consolidada através dos séculos, imprimindo, subsidiando e provocando a evolução do pensamento, o desenvolvimento humano. A atualidade encontrada na problemática de muitos dos seus enredos desafia o sentido da evolução de uma sociedade que celebra a sua era tecnológica.

O Projeto CLÁSSICOS DO TEATRO proporciona a iniciação, o desenvolvimento e o aprofundamento artístico, filosófico e cultural, através do estudo cênico, da montagem e da apresentação das obras clássicas do teatro universal; vivenciando a sabedoria contida em seus volumes, ensinamentos básicos da formação e do desenvolvimento da humanidade, cria acesso aos valores contidos na ação de seus personagens e às tramas que tecem as relações da nossa sociedade, através das atividades do curso de interpretação e da encenação desses clássicos do teatro, além da construção de um repertório de espetáculos.

No universo escolar estas montagens vêm servindo ao desenvolvimento de um trabalho conjunto com professores e alunos, tendo sido apresentadas nas unidades do Colégio Pedro II, e nos colégios São Bento, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo, Santo Agostinho, Franco Brasileiro, Cruzeiro, Miguel Couto, Pentágono, Qi, CEAT, Teresiano, Nossa Senhora da Piedade, 4º Salão do Livro do Tocantins, UFRRJ, Universidade Estácio da Barra, Circuito Estadual das Artes - SESC-Rio, Viradão Carioca SMC RJ, UFF - Fórum CABE, dentre outros.

A parceria que temos estabelecido com a educação nas apresentações dos espetáculos do nosso repertório tem sido altamente gratificante porque nos proporciona os momentos em que somos vistos justamente como desejamos, pela exposição dos conteúdos propostos, momentos em que a escuta atenta e o retorno inteligente dedicados pelos nossos parceiros, alunos e professores, subsidiam o nosso desenvolvimento artístico e nos devolvem a relevância da nossa atividade (tão banalizada pela indústria do entretenimento), proporcionando-nos o mais alto nível na celebração de cada espetáculo, trazendo a honrosa satisfação do reconhecimento da nossa contribuição para o desenvolvimento do processo educativo.