4 sujeitos-usuários procuram uma forma de se descolar da realidade em que viviam. Buscam, inconscientes e inconsequentes, uma nova configuração, mais justa, de viver em sociedade. Tentam romper ciclos enquanto enfrentam as dificuldades de estar em coletivo, suas hipocrisias, e uma força maior que parece controlar seus destinos. O espetáculo baseado no enredo do clássico “Os Músicos de Bremen”, d’Os Irmãos Grimm, inspiração para o musical italiano I Musicanti, de Bardotti e Bacalov, adaptado em “Os Saltimbancos”, de Chico Buarque. De herança ficamos apenas com a dúvida do plágio.
SALTO retorna aos palcos de Recife em uma temporada no Teatro Marco Camarotti, no Sesc Santo Amaro.
11 (terça) e 12 (quarta) / 29 (sábado) e 30 (domingo) de ABRIL
Sempre às 20h com ingressos a 15 (meia) e 30 (inteira)
Transfree pelo e-mail: botedeteatro@gmail.com
A bilheteria abre uma hora antes de evento e você deverá fazer a retirada do seu ingresso físico na mesma.
SALTO é fruto da pesquisa “Fresta: uma ode à alegria e ao desvio” do Bote de Teatro que busca elencar enunciados a partir da fricção corpo X ondas sonoras das pessoas LGBTQIA+ nas festas contemporâneas da cidade do Recife. A pesquisa nasceu a fim de traçar uma identidade estética-discursiva disposta ao teatro, mesclando referências visuais e performáticas, assim como o transe e entorpecimento, enquanto estados para a criação. A pista de dança, o espaço de cena, funciona como um campo ampliado de performatividade, uma cena expandida, um espaço de desarticulação da noção normal, um delírio coletivo.
O corpo em festa se mostrou como possibilidade de experimentação contínua, buscando no coletivo e no som diferentes formas de se desconhecer, criticando a realidade enquanto uma opressão, e se abrindo para um inconsciente ligado ao seu entorno. Experimentando estéticas que fogem aos moldes do imaginário heteronormativo constitutivo do pensar/fazer cidade hegemônica/ideal, que por conseguinte é excludente aos que desviam.
SALTO adapta o enredo de Os Músicos de Bremen e Os Saltimbancos para uma realidade retrofuturista, não apenas fabulesca, mas se conectando com questões próprias de nossa geração: sensações de obsolescência, ciclos capitalistas de esgotamento e à constante necessidade de descolamento da “realidade”. Onde passado e futuro se confundem na intenção de questionar nossa ideia de evolução. Escancarando um futuro falho, do velho que se disfarça de novo, de novo, todas as vezes.
O projeto foi um dos cinco selecionados do Nordeste para o "Prêmio Funarte Festival de Teatro Virtual" da Fundação Nacional das Artes, além de ter obtido incentivos pelos Editais da Lei Aldir Blanc e do Funcultura.
Elenco:
Daniel Barros
Cardo Ferraz
Una Martins
Pedro Toscano
Inês Maia
Bote de Teatro - direção geral e realização
Pedro Toscano - direção e direção de arte
Iara Izidoro - diretora de movimento
Luciana Raposo - iluminadora
IDLIBRA - produção de trilha original
Nadejda Maciel - performance de trilha sonora ao vivo
Daniel Barros - preparação de elenco
Inês Maia - organizadora dramatúrgica
Una Martins - assistente de direção
Manoel - identidade visual
Marc Andrade - figurinista
Caio Lima - composição
Janela Gestão de Projetos - produção