Gênero musical popular urbano brasileiro mais antigo em atividade, o choro é uma das expressões vivas da nossa cultura: tocado nas ruas, nos botequins, nas salas de concerto, clubes de choro e universidades em todos os cinco continentes. Do ponto de vista histórico, é também um capítulo fundamental no surgimento da música popular brasileira, entre as últimas décadas do século 19 e as primeiras do 20, como já contaram tantos livros, filmes, programas de rádio e TV e, mais recentemente, podcasts e “lives”.
Pois foi justamente do trabalho realizado no contexto pandêmico – e da necessidade geral de reinvenção de todos no isolamento social – que o choro ganhou uma nova plataforma digital contando sua história de maneira completa, documentada e interativa: a Choro Timeline, uma linha do tempo que o Instituto Casa do Choro acaba de lançar na internet: https://timeline.casadochoro.com.br. Realizada com recursos de um financiamento coletivo no site Benfeitoria (com 456 apoiadores) e do programa Matchfunding BNDES+, a linha tem conteúdo textual bilíngue (em português e inglês), além de um vasto acervo multimídia (imagens, áudios e vídeos) que ilustra seus marcos históricos – 483 até o lançamento.
A Casa do Choro abrirá suas portas para quatro shows no auditório Radamés Gnattali com músicas representativas das diversas fases do choro ao longo de sua história: o primeiro no dia 6 de abril, às 18h30. Ambos terão como “cenário” a própria linha do tempo, projetada no telão do auditório. Músicos participantes: Luciana Rabello, Mauricio Carrilho, Paulo Aragão, Jayme Vignoli, Marcus Thadeu, Magno Júlio, Marcilio Lopes, Tomaz Retz e Leonardo Miranda.