Tropicália - Revolução Musical em Movimento

A segunda metade dos anos 1960 viu surgir no Brasil o Tropicalismo, movimento estético-político originado por ações cruciais de pelo menos três grandes artistas brasileiros: a participação de Gil e Caetano no 3º Festival de Música Brasileira em 1967 (com "Domingo no Parque" e "Alegria, Alegria", respectivamente), e com a instalação "Tropicália" (1969) do artista plástico de vanguarda Hélio Oiticica, que batizou o movimento. Mais de 40 anos depois, esse repertório poético-libertário segue em voga, tomando um novo fôlego quando, em 2013, três artistas paraenses resolveram revisitar esse repertório, dando-lhe uma nova abordagem, justamente quando o mundo assistia, estarrecido, o recrudescimento de uma extrema-direita fascista, que veio a tomar o poder em diversos países, inclusive no Brasil, alguns anos mais tarde: Joelma Kláudia, Olivar Barreto e Renato Torres emprestaram vozes e corpos à reafirmação dos discursos de liberdade, luta contra toda opressão, assumindo a identidade multicultural brasileira, com suas infinitas cores, contrastes, referências. O Especial Tropicália, como costumaram chamar o show, percorreu diversos palcos da cidade entre os anos de 2013 e 2016, sempre arrastando uma multidão entusiasmada: Teatro Maria Sylvia Nunes, Palafita, Tábua de Marés, Sesc Ver-O-Peso, Auditório do BASA foram alguns desses palcos.