A peça teatral Tô Morrendo… Peraí! Quero sentir seu coração de perto propõe valorização da vida, conscientização e inclusão da qualidade de morte, incentivando o bem viver, a leveza e a alegria até o final de nossas jornadas.

É uma iniciativa concebida por Ana Portillo, produzida por Rosa Cruz. A peça nasce da experiência que a fisioterapeuta e artista Ana Portillo teve como palhaça terapêutica com pacientes em cuidados paliativos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, internados na sede Álvaro Alvim no período de 2016 a 2018.

A partir dessas narrativas, com a direção de Rosa Cruz e dramaturgia de Paulo Sérgio, também ator, e a atriz Camila Tyrrell, encenaremos as histórias para que o público testemunhe o que pode acontecer quando a arte, a escuta ativa, a valorização biográfica e a liberdade de expressão são oferecidas a pacientes com doenças ameaçadoras da vida. O espetáculo conta nove histórias baseadas em fatos reais e a narrativa cênica é composta por momentos onde ora Eugênia (palhaça) visita os pacientes, ora Ana Portillo divide com o público suas impressões derrubando a quarta parede para interação com a plateia. Os atores encenam pacientes, seus familiares e profissionais da saúde, trazendo contornos necessários às emoções e sentimentos genuínos desses personagens, sobretudo dos pacientes, nossos protagonistas. Cenas que encantam numa viagem que transita entre trágico, o cômico e o poético. São histórias que nos levam a uma profunda reflexão sobre nossa vida e morte, pois caminhar ao lado de pessoas que estão partindo é um aprendizado significativo e transformador.

Será que estamos vivendo aquilo que realmente queremos viver? Será que poderemos ser respeitados em nossa singularidade e expressividade em caso de uma hospitalização?

Impactar e talvez ressignificar nossa relação com o adoecimento, com a vida e com a morte através desse mergulho cênico trazido por recortes da vida real é nosso convite. Assim como ampliar reflexões acerca do que podemos viver em nosso processo ativo de morte como possíveis alternativas.

Após a morte do espetáculo, haverá um bate-papo para que o tema cuidado multidimensional e cuidados paliativos possam ser amplamente explorados.

Duração : 120 minutos (60 minutos de apresentação e 60 minutos de bate-papo)

Classificação: 12 anos

Este espetáculo conta com acessibilidade comunicacional através da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

A meia entrada será estendida para população LGBTQIA+, população negra ou indígena e moradores dos bairros Cabana do Pai Tomás e Citrolândia.

Apoio: FUNARTE / Ministério da Cultura / Governo Federal / Sociedade Paulista de Cardiologia (SOCESP) / Projeto Home Care / Quilombo Urbano Negra Visão

Realização: