Tributo a Rubem Alves: A prática da ESCUTATÓRIA como guia para relações interpessoais

A palavra "escutatória" é um termo criado por Rubem Alves, derivada do verbo "escutar", mas carrega um significado mais profundo. Escutar, nesse contexto, não se trata apenas de captar o som das palavras que saem da boca de alguém, mas sim de se colocar de forma ativa e consciente no lugar do outro, compreendendo seus sentimentos, necessidades e perspectivas.

Nas interações cotidianas, é comum as pessoas estarem mais preocupadas em falar do que em escutar verdadeiramente. Essa falta de escuta genuína pode resultar em desentendimentos, conflitos e sentimentos de solidão e incompreensão.

A "escutatória" não se limita a ouvir palavras; trata-se de colocar-se ativamente no lugar do outro, compreendendo suas emoções, necessidades e perspectivas. Desenvolver essa habilidade requer paciência e prática, envolvendo a presença no momento da conversa, interesse genuíno pelo que o outro tem a dizer, perguntas para aprofundar a compreensão e a capacidade de perceber as emoções subjacentes.

Essa prática não apenas aprimora os relacionamentos interpessoais, mas também é valiosa em diversas áreas, incluindo família, amizades, trabalho e questões sociais mais amplas. Em ambientes de diálogo e debate, a "escutatória" favorece a construção de soluções colaborativas e a empatia.

Nesta palestra, você terá a oportunidade de explorar a "escutatória" nas esferas da Educação, Arte e Cultura, homenageando Rubem Alves em seu aniversário e praticando a reflexão para melhorar suas habilidades de escuta ativa e empática. O palestrante, Alyson Montrezol, é um educador, artista visual e cineasta com mais de 20 anos de experiência.

Palestrante: Alyson Montrezol é graduado em Comunicação Social, especialista em Psicopedagogia e mestre em Arquitetura e Urbanismo (USJT). Professor universitário desde 2005 nas áreas da Arte e da Comunicação, também atua como artista visual e cineasta. Em 2014 formou, junto com um grupo de fotógrafos, o Coletivo Altavista que realizou seu primeiro trabalho fotográfico com refugiados ruandenses, 20 anos após o genocídio no país. Como realizador audiovisual, já dirigiu diversas produções documentais e ficcionais, com destaque para o documentário "DIGNITÉ: O Direito Humano à Educação no Haiti?" que teve seu lançamento mundial em 2015 no Haiti. Coordenou os Estúdios de Imagem e Som na UNIMONTE e na Universidade SÃO JUDAS entre os anos de 2012 e 2021, implantando diversos Núcleos Experimentais de Produção Audiovisual com estudantes de Artes e Comunicação.