Freud deu início a teoria que pessoas epilépticas teriam uma tendência inconsciente de autodestruição e perda da vontade de viver, que seriam manifestações da pulsão de morte. Sándor Ferenczi relata sua experiência com pessoas epilépticas e observa que, frequentemente, elas lutam contra tendências suicidas. Neste encontro iremos desenvolver a temática sobre como a falta de amor e tratamentos hostis afetam o desenvolvimento do infante e as repercussões na sua vida adulta.

           Existe uma necessidade da criança na vida intrauterina e, após o nascimento receber investimento de amor (de libido) de forma adequada para que nela cresça a pulsão de vida. Quando existem sinais de aversão, impaciência, indiferença, repulsa dos pais, a hostilidade mina no infante a vontade de viver, e a pulsão de morte ganha predominância no psiquismo. Certas doenças, como a asma brônquica e a anorexia, incidiam, em sua observação, em pacientes que lutavam contra tendências suicidas. Levanta então a hipótese de que, provavelmente,  as crianças recebidas sem uma experiência de ternura morrem com mais facilidade e, quando sobrevivem, conservam uma atitude pessimista, desconfiada, e se vêem tentadas a morrer a qualquer percalço em suas vidas, mesmo quando conseguem compensar essa tentação com um esforço permanente de vontade.

Ministrado por Danilo Guerrero e Gimena Feola

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