VIOLANTE SARAMAGO MATOS nasceu em 1947, em Lisboa, Portugal. Formou-se em Biologia, foi professora e técnica de alimentos. É filha única de dois grandes nomes que representam internacionalmente o universo de produção artística e cultural português: a artista plástica Ilda Reis e o escritor José Saramago; é casada com Danilo Matos com quem tem dois filhos, Ana e Tiago. Desde os anos de 1980, reside em Funchal, Ilha da Madeira. Há anos atua em causas sociais, sobretudo, ligadas ao meio ambiente e ao ordenamento territorial. Na década de 1960, participou da luta estudantil, integrou o Movimento Associativo dos Estudantes do Ensino Secundário de Lisboa; entre 1969 e 1974 foi dirigente da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa, trabalhou com os Comités de Luta Anticolonial e participou das manifestações estudantis contra a ditadura, a guerra colonial e a guerra do Vietnam. Foi militante do MRPP - Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado e, nas manifestações de 1º de maio de 1973, foi presa, tendo ficado encarcerada por 3 meses. Após a chamada Revolução dos Cravos, abril de 1974, continuou a militância política e as atividades em movimentos sociais, como o de apoio ao Timor-Leste; contra a guerra do Iraque e o da despenalização da interrupção voluntária da gravidez ou aborto voluntário. Foi Deputada da Assembleia Legislativa da Madeira, entre 1996 e 2000, e em 2006. Exerceu, também, o cargo de Vereadora na Câmara Municipal do Funchal, entre 1997 e 2001. Publicou livros infanto-juvenis, de poesia, contos e crônicas. Colaborou com o Diário de Notícias do Funchal, na coluna “Opinião”. Desde 2020, integra o painel do programa de rádio semanal, na TSF Madeira, "Mulheres com Palavra" e escreve mensalmente crônicas para a "4 em linha" no Semanário Tribuna da Madeira. Participa como palestrante em eventos sobre temas ambientais e do desenvolvimento sustentável.
JOSÉ LUÍS PEIXOTO nasceu em 1974, em Galveias, Portugal. Estudou línguas e literaturas modernas na Universidade Nova de Lisboa. É autor de romances, contos, poemas e peças de teatro. É considerado um dos autores de maior destaque da literatura portuguesa contemporânea. A sua obra ficcional e poética figura em dezenas de antologias, traduzidas em mais de trinta idiomas, e é estudada em diversas universidades em todo o mundo. Em 2001, aos 27 anos de idade, alcançou um imenso reconhecimento da crítica e do público, recebendo o Prêmio Literário José Saramago com o romance Nenhum Olhar. Em 2007, foi a vez de Cemitério de Pianos pelo qual recebeu o Prêmio Cálamo “Otra Mirada”, destinado ao melhor romance estrangeiro publicado em Espanha. Com Livro, venceu o Prêmio Libro d'Europa, atribuído em Itália ao melhor romance europeu publicado no ano anterior, e em 2016 alcançou, no Brasil, o Prêmio Oceanos com Galveias. As suas obras foram ainda finalistas de premiações referenciais como o Femina (França), Impac Dublin (Irlanda) ou o Portugal Telecom (Brasil). Na poesia, o livro Gaveta de Papéis recebeu o Prêmio Daniel Faria e A Criança em Ruínas recebeu o Prêmio da Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2012, publicou Dentro do Segredo, Uma viagem na Coreia do Norte, a sua primeira incursão na literatura de viagens. As suas mais recentes obras são Autobiografia (2019), na prosa, e Regresso a Casa (2020), na poesia.
ANDRÉA DEL FUEGO é escritora e mestra em Filosofia pela USP. Autora de nove livros, entre contos, infantis e romances. O romance Os Malaquias (vencedor do Prêmio José Saramago) foi publicado em Israel, Alemanha, Itália, França, Romênia, Suécia, Kwait, Portugal e Argentina. Seu último romance é A Pediatra (Companhia das Letras, 2021).
CLAUDIA LAGE é escritora e roteirista. Formada em Teatro pela UNIRIO, em Letras pela UFF e mestre em Literatura pela PUC-Rio, é autora do livro de contos A pequena morte e outras naturezas e dos romances Mundos de Eufrásia, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura de 2010, e O corpo interminável, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura. Em 2013, lançou o livro Labirinto da palavra, com ensaios-crônicas sobre literatura e criação literária, que, em 2014, recebeu o Prêmio de Literatura de Brasília e foi finalista do Prêmio Portugal Telecom. Como roteirista, trabalhou na TV Globo e na Conspiração Filmes, entre outras produtoras. Ministra cursos de roteiro e criação literária no Rio de Janeiro.
MANUEL DA COSTA PINTO é jornalista, crítico literário e mestre em teoria literária pela USP. Foi editor da revista Cult (que criou em 1997), coordenador editorial do Instituto Moreira Salles (IMS) e colunista da Folha de S. Paulo, onde editou, entre 2008 e 2016, o “Guia Folha – Livros, Discos, Filmes”. Foi curador da Flip (2011) e da programação literária da Feira do Livro de Frankfurt de 2013, que teve o Brasil como país homenageado.
Atuou como apresentador e repórter nos programas “Letra Livre”, “Entrelinhas” (do qual foi editor) e “Metrópolis” – todos na TV Cultura – entre 2008 e 2014, e como apresentador dos programas “Arte 1 ComTexto” e “Dois Pontos”, no canal Arte 1, de 2017 a 2021.
Atualmente, é editor-chefe e apresentador do programa “Entrelinhas” (TV Cultura), curador do Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa e apresentador do “Segundas Intenções”, série de encontros com escritores realizados na Biblioteca de São Paulo e na Biblioteca Parque Villa-Lobos, ambas geridas pela SP Leituras.
É autor dos livros Paisagens Interiores e Outros Ensaios (2012), Antologia da Comentada da Poesia Brasileira do Século 21 (2006), Literatura Brasileira Hoje (2004) e Albert Camus – Um Elogio do Ensaio (1998). Organizador e tradutor de A Inteligência e o Cadafalso e outros ensaios, coletânea de textos de crítica literária de Albert Camus editada originalmente no Brasil, editou e organizou o até então inédito Diário Confessional (2022), de Oswald de Andrade.