VIRADA AMBIENTAL 2024 - Módulo 6 - Mudanças Climáticas
Estão abertas as inscrições para o 6º módulo do curso de capacitação para gestores ambientais oferecido pelo Programa Virada Ambiental, em parceria com a Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e com a Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa de Goiás.
O tema do curso que será ministrado no dia 27/05, no auditório 2 da Assembleia Legislativa de Goiás, é o de Mudanças Climáticas.
Transmissão ao vivo pelo canal de YouTube da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa de Goiás.
Professores
Milvo Gabriel P. Di Domenico, Engenheiro
Ambiental e Sanitarista (UFG). Gerente de Mudanças Climáticas e
Serviços Ecossistêmicos da Secretária de Estado de Meio Ambiente de
Goiás. Entre 2022 e 2023, foi Analista Pleno de Sustentabilidade na
Rever Consulting. Em 2022, estagiou na divisão econômica do PNUMA
responsável por projetos de mitigação de mudanças climáticas na
América Latina e no Caribe. Fundou e geriu a comunidade Menos 1 Lixo
em 2020. Participou do Youth Climate Leaders em 2018, engajando-se
em educação ambiental e mobilização social. Foi estrategista de mídias
digitais no Global Landscapes Forum (GLF) em 2018, representando o
Brasil no World Youth Forum.
Natalia Almeida Brito, formada em Direito
(UFG), especializando em Direito Ambiental na PUC-Rio. Responsável
pela área de Adaptação da Gerência de Mudanças Climáticas e Serviços
Ecossistêmicos, a fim de prever a execução de medidas preventivas e
mitigadoras de situações de risco com foco na ampliação da capacidade
adaptativa e redução da vulnerabilidade, visando a gestão do risco
climático. Além disso, é responsável pela gestão da governança do
Fórum Goiano de Mudanças Climáticas. Membra da Latin American
Climate Lawyers Initiative for Mobilizing Action (LACLIMA). Membra da
Coalização Nacional de Juventudes pela Ação Climática e Meio
Ambiente (CONJUCLIMA).
Tatiane Oliveira dos Santos, Bacharel em
Química (UFG) e Mestre em Engenharia Química (UFG). Experiência
como pesquisadora em diversas áreas, desde o desenvolvimento de
produtos naturais, células a combustível e na produção de etanol,
aplicando os princípios da química e técnicas de engenharia para
desenvolver soluções inovadoras e sustentáveis. Atualmente é colaboradora da Gerência de Mudanças Climáticas e Serviços
Ecossistêmicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás.
Fundamento
Apesar dos múltiplos esforços tanto desde a perspectiva de mitigação como de adaptação, em andamento, os avanços concretos em temas de mudança climática em muitas cidades da região são incipientes. Os impactos das alterações do clima são cada vez mais evidentes e seus efeitos são sentidos de forma ampla e significativa, tornando-se, então, imperativo adotar medidas proativas e eficazes para se adaptar aos riscos associados a esses fenômenos. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), os custos anuais de adaptação, somente nos países em desenvolvimento, giram em torno de US$ 70 bilhões.
Assim, medidas de adaptação tornam-se cada vez mais relevantes, em especial para promover resiliência aos sistemas naturais e humanos, garantindo segurança alimentar, hídrica e energética por meio inclusive das infraestruturas necessárias. O mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) aponta a urgência na adoção dessas medidas. Nesse contexto, os agentes públicos possuem o papel central de organizar e incentivar ações e respostas para tal desafio. A responsabilidade na implementação de políticas para tratar dos impactos da mudança do clima reside, sobretudo, nos governos municipais, pois eles concentram as principais atribuições de planejamento, implantação e gestão de uma grande parte das medidas que podem diminuir as vulnerabilidades e os riscos climáticos. Logo, entendemos que a orientação dos entes subnacionais no planejamento para a implementação das medidas de adaptação e resiliência são indispensáveis.
Objetivo Geral
O principal objetivo é fornecer ferramentas para a aplicação da lente
climática e redução da vulnerabilidade municipal à mudança do clima,
bem como a realização da gestão do risco associada aos efeitos
adversos dessa mudança, fortalecendo os arranjos institucionais.
Objetivos Específicos
- Orientar os municípios goianos na adoção de políticas de redução de
riscos de desastres, aliadas ao desenvolvimento sustentável;
- Sensibilizar sobre a importância da aplicação da lente climática e da
percepção do risco nas atividades diárias da administração pública;
- Promover a utilização de ferramentas de inteligência no âmbito local,
visando reduzir os impactos econômicos e, principalmente, evitar perdas
humanas;
- Capacitar os agentes públicos dos municípios, fornecendo-lhes os
conhecimentos necessários para o planejamento e implementação de
medidas de adaptação às mudanças climáticas;
- Motivar a geração de inovações políticas, sociais e tecnológicas que
ajudem na adaptação e na construção da resiliência dos municípios
goianos;
- Incentivar a adesão dos municípios à plataformas como a “Cidades
Resilientes”, liderado pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução
de Riscos (UNDRR), como uma forma de fortalecer nossa rede de
cooperação e compartilhamento de conhecimento.
Metodologia
Inicialmente, a aula será expositiva, com a utilização de dados e
ferramentas confiáveis para contextualizar as cidades sobre os riscos
climáticos, de modo que possam identificar as ameaças, exposições e
vulnerabilidades e, por fim, incorporar uma gestão de riscos eficaz. Em
seguida, terá uma dinâmica na qual os participantes farão o diagnóstico
de seus municípios, a partir da lente climática, para a criação de ações
implementáveis de resiliência baseadas em evidências, que serão
projetadas para serem incorporadas nas estratégias de gestão urbana.
Este processo visa criar exemplos práticos, com tomada de decisão
informada, para as cidades goianas.
Material Didático
Apresentação de Slide.
Utilização do Mentimeter para interações (QRcode).
Uso de notebooks (será requisitado que cada aluno possa trazer o seu)
para a prática das ferramentas e plataformas de mapeamento de riscos.
Questionário: Aplique da Lente Climática em sua cidade (deverão ser
impressos alguns questionários para grupos que serão formados
presencialmente, para os que estiverem conectados virtualmente, serão
disponibilizados formulários virtuais).
Fact sheet sobre políticas de adaptação (será disponibilizado em formato
PDF para os participantes).
Vagas e Turmas
1 turma com 150 vagas presenciais e 100 vagas online (Transmissão ao vivo no Youtube da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa de Goiás).
Local
Mini Auditório 2
Terá entrega de certificados.
Datas e Horários
27/05/2024 (segunda-feira)
1ª aula - 8:30 às 9:15
2ª aula - 9:15 às 10:00
Intervalo – 10:00 às 10:15
3ª aula - 10:15 às 11:00
4ª aula - 11:00 às 11:45
Tempo para sanar dúvidas
5ª aula - 13:00 às 13:45
6ª aula - 13:45 às 14:30
Intervalo – 14:30 às 14:45
7ª aula - 14:45 às 15:30
8ª aula - 15:30 às 16:15
Tempo para sanar dúvidas
Conteúdo
Programático
Aula 1 – Introdução à Adaptação do Clima: conceitos e projeções
Aula 2 – Competências dos entes subnacionais: o papel do agente
público
Aula 3 – Ferramentas e Plataformas de mapeamento de riscos: o que e
como utilizar (parte 1)
Aula 4 – Ferramentas e Plataformas de mapeamento de riscos: o que e
como utilizar (parte 2)
Aula 5 – Estudo de Casos: Exemplos de medidas adaptativas e de
cidades resilientes
Aula 6 – Aplicação da Lente Climática: interpretação e aplicação dos
dados climáticos (parte 1)
Aula 7 – Aplicação da Lente Climática: interpretação e aplicação dos
dados climáticos (parte 2)
Aula 8 – Debates sobre a realidade dos municípios goianos e
mapeamento dos riscos.
Referência
Bibliográfica
Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de
Desastres. Como Construir Cidades Mais Resilientes: um guia
para gestores públicos locais. 2012.
MMA. Método de Análise Participativa de Risco à Mudança do
Clima. 2018.
MDR. Caderno Técnico de Gestão Integrada de riscos e desastres. 2021.
MDR. Diagnóstico de capacidades e necessidades municipais em proteção e defesa civil: região centro-oeste. 2021.
PROADAPTA. Governança climática local para o avanço da adaptação: Guia para o desenho de arranjos institucionais locais. 2021.
São Paulo. Guia de Adaptação e Resiliência Climática para Municípios e Regiões. 2021.
WWF-Brasil. Guia de adaptação às mudanças do para entes federativos. 2017