Espetáculo Teatral VIVITA - A Noiva do Sol

Dias 21 a 23 de fevereiro de 2025

No Centro Cultural Moinho da Cascata

Gratuito

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Grupo Ueba apresenta curta temporada de Vivita – A Noiva do Sol

Os cenários inspiradores do Moinho da Cascata voltam a servir de palco para a emocionante montagem criada por Jonas Piccoli. Em fevereiro, Vivita Cartier ganha corpo, vida e alma na marcante interpretação de Aline Zilli.

Após o sucesso de público e crítica, o Grupo Ueba retorna com o espetáculo Vivita – A Noiva do Sol, uma experiência teatral única, que será apresentada no Moinho da Cascata de 21 a 23 de fevereiro, às 19h. A peça, estreada em novembro de 2019, homenageia Vivita Cartier, artista e poetisa gaúcha que, mesmo 105 anos após sua morte, continua a inspirar e instigar pesquisas sobre sua vida e obra. Com uma personalidade romântica e poética, mas ao mesmo tempo de forte atuação social, Vivita foi uma mulher muito à frente de seu tempo.

O Grupo Ueba propõe um espetáculo sensível e envolvente, transportando o público para o universo de Vivita, desde Porto Alegre até Criúva, resgatando sua juventude interrompida pelo mal do século e seu amor proibido. A experiência acontece dentro do histórico Moinho da Cascata, cuja construção remonta à época em que Vivita esteve em Caxias do Sul, especialmente em Criúva.

Com oito atores em ações performáticas, o espetáculo é protagonizado por Aline Zilli com a presença de Zica Stockmans. A direção e dramaturgia são assinadas por Jonas Piccoli, com base na extensa pesquisa biográfica conduzida por Marcos Fernando Kirst, que também faz uma participação especial na peça.

Por que um espetáculo sobre Vivita Cartier?

Por que contar a história de uma jovem que viveu apenas 25 anos, nasceu em Porto Alegre, radicou-se em Criúva para tratar a tuberculose e faleceu há um século? Por que sua memória continua viva, enquanto tantas outras se perderam no tempo?

As próprias palavras de Vivita fornecem pistas sobre seu legado. Em seus escritos, ela se descreve como uma alma singular: “esquisitice de moça / e que modo original”, fazendo “coisas de poetisa / que se quer celebrizar”. Como se pressentisse seu destino, escreveu: “Ah boneca, como é triste a solidão que te espera”, antes mesmo de adoecer. Aos 12 anos, reinventou-se ao adotar o nome artístico Vivita, deixando de ser Josefina. Antes dos 20, revitalizou o carnaval de rua de Porto Alegre e declamou no Theatro São Pedro. Enfrentou convenções sociais ao se tornar patinadora – uma atividade considerada masculina na época. Sempre de branco, ficou conhecida como Noiva do Sol, pelo seu amor incondicional à natureza – tema central de sua obra.

Vivita declarou seu amor por um homem comprometido, conhecido no meio literário como Sol. Seus versos apaixonados deixam pistas sobre esse sentimento, sem revelar seu verdadeiro destinatário. Com a saúde debilitada, ela recosturava folhas secas às árvores, como um gesto poético de resistência contra o avanço da doença. Sua luta contra a tuberculose prolongou sua vida muito além das previsões médicas, permitindo-lhe viver sua arte e paixão por mais sete anos.

O fascínio por sua trajetória persiste há um século, inspirando inúmeros pesquisadores. O Grupo Ueba se une a esse legado ao levar Vivita para os palcos, oferecendo ao público a oportunidade de conhecer sua história e sua poesia. O trabalho se baseia no livro O Ocaso da Colombina - A Breve e Poética Vida de Vivita Cartier, de Marcos Fernando Kirst, uma obra monumental com mais de 800 páginas sobre sua vida, obra e os contextos históricos que a envolveram.

A montagem de Jonas Piccoli reflete a intensidade da vida de Vivita. O público percorre diferentes espaços do prédio histórico, experimentando sua história e obra sob ângulos diversos, tornando-se parte ativa da narrativa.

O Grupo Ueba convida a todos para essa imersão teatral única, em curta temporada, de dias 21 a 23 de fevereiro, às 19h, no Moinho da Cascata. Os ingressos são gratuitos e as vagas são limitadas.