DESCRIÇÃO DA OFICINA:
O objetivo do curso é fornecer uma visão ampla de todas as etapas da produção audiovisual com aulas teórico e prática. Da pré-produção a finalização. Cada aluna irá se aventurar na produção na maquete de um filme, um experimento audiovisual. Ao longo da oficina uma equipe com bolsistas e estudantes voluntárias será formada para produção da mostra audiovisual online com o resultado dos filmes produzidos durante a oficina. Vamos trabalhar cada etapa da produção audiovisual além de aprender a reconhecer e manusear os equipamentos e técnicas necessárias.
Aula 1
Pré-produção (o surgimento da ideia). Colocando a ideia no papel (desenho de equipe, cronograma de produção);
Aula 2
Etapas de Pré-produção (orçamento, argumento e sinopse);
Aula 3
Roteiro literário (tipos e possibilidades de roteiro). Trabalharemos com o roteiro literário (introduzindo a ferramenta Celtx, e Word);
Aula 4
Aula 5
Edição (conhecendo o Adobe Premier, o Final Cut X , e apps como o Boosted e aplicando no YouCut);
Aula 6
Finalização (compreendendo a finalização de um filme, colorização e masterização, estratégias de divulgação e distribuição do filme). Avaliação do trabalho realizado. Prestação de contas.
Aula 7
Produzindo uma mostra de filmes com os experimentos fílmicos realizados durante a oficina (como fazer um site).
Aula 8
Exibição dos filmes (Mostra de filmes produzida em conjunto, professora, alunas e bolsistas).
MATERIAL INDIVIDUAL DA PARTICIPANTE:
Celular e/ou computador com acesso à internet.
REFERENCIAS:
ARISTÓTELES. tica. Trad. Pietro Nassetti. São Paulo: Martin Claret, 2003.
bell hooks. Olhares negros: raça e representação. São Paulo, Editora Elefante, 2019
CAMPBELL, Joseph. O Herói de Mil Faces. São Paulo: Pensamento, 1995.
CÂNDIDO, Márcia Rangel; MARTINS, Cleissa. Boletim GEMMA Perfil do Cinema Brasileiro 1995 - 2016 n.1, 2017.
COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.
FERES Junior, Joao. A Cara do Cinema Nacional: gênero e cor dos atores, diretores e roteiristas dos filmes brasileiros (2002-2012). Textos para discussão GEMAA (IESP-UERJ), n.6, 2014, p. 1-2.
FIELD, Syd. Manual de Roteiro. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 1995.
LUDUVIG, Monica Martinez. A Jornada do Herói: A Estrutura Narrativa Mítica na Construção de Histórias de Vida em Jornalismo. São Paulo: ECA/USP, 2002.
MULVEY, L. Prazer visual e cinema narrativo. In: XAVIER, I. A experiência do cinema: antologia. Rio de Janeiro: Graal; Embrafilme, 1983. p. 437-453.
MURDOCK, Maureen. The Heroine's Journey. Colorado: Shambhala Publications, 1990.
Link do drive:
OBJETIVO DA OFICINA:
- Compartilhar o conhecimento que obtive trabalhando com cinema e televisão ao longo de duas formações em comunicação social (Rádio e TV e Jornalismo) tendo estudado Publicidade e Propaganda, alinhado aos resultados de minha pesquisa de Mestrado em Estudos da Mídia, sobre mulheres e racismos no cinema;
- Estimular e capacitar mulheres para produção de vídeo independente local, curta metragem, ficção, experimental, minidoc, videoclipe e;
- Oferecer uma formação complementar com ampla visão da cadeia audiovisual àquelas que buscam ser Videastas ou executar funções de direção na produção fílmica.
Justificativa
Muito além da má representação nas telas, a pesquisa pioneira Participação Feminina na Produção Audiovisual Brasileira (2016), realizada pela ANCINE, demonstra que a desigualdade de gênero é uma realidade gritante também por trás das telas. Para cada mulher cineasta, há 3,9 homens no Brasil. Já em
relação aos filmes de ficção, menos de um quarto dos que trabalham por trás das câmeras é do gênero feminino chegando a 17% nas equipes de roteiro e direção. Os dados desta pesquisa são ainda mais alarmantes se analisadas questões de raça chegando a 0% de participação de pessoas negras em quase todos os setores. Há uma sub‐representação do gênero feminino, dos pretos e principalmente das mulheres pretas tanto quanto a redução desses grupos a determinados papéis sociais: empregada doméstica, porteiro, motorista. Essas descobertas trazem um apelo à mudança. As mulheres representam metade da população e não um quarto ou um terço. O cinema é uma das indústrias mais lucrativas do mundo e as mulheres estão de fora.
Sobre a Ministrante:
Mestranda no Programa de Pós-graduação em Estudos da Mídia (PPgEM/UFRN). Graduada em Jornalismo (2017) e Rádio e TV (2011) pela UFRN. Estudou e fundou o Diretório Acadêmico de Publicidade e Propaganda da UNICAP (2003 - 2005). Na televisão, atuou como produtora e pesquisadora (Na Boca do Povo- Cine Brasil Sky, segunda temporada), editora de imagens (TV Rural, SimTV, TV Câmara e TV Assembleia) e assistente de direção (Tela Rural - TVU). No cinema atuou como roteirista, diretora (No Banheiro, melhor filme experimental, Curtacom, 2008) produtora de set (Terreiro de Memórias, Dir. Naymare Azevedo), curadora (Festival de Vídeo de Natal, Macambira Mostra de Realizadoras e Mostra Polytheama de Curtas Potiguares) e Júri Técnico (Festival
Nacional de Cinema Ambiental do Espirito Santo, Cine.Ema) tendo mobilizado 72 sessões de Cinema e Direitos Humanos com debate (Cinema Pela Verdade e Cinema em Movimento, 2012- 2018). Busca unir conceitos e teorias da comunicação e do cinema aos estudos de gênero e raça numa perspectiva Mulherista Africana.
Portfólio
Lattes
A oficina de Introdução à produção audiovisual independente para mulheres cis, trans, travestis e não bináries é um projeto contemplado no edital de formação e pesquisa - Troca de Saberes à Distância da Fundação José Augusto, Governo do Estado, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal através da lei Aldir Blanc.