Em princípio, a união dos temas clínica e política não é uma suposição imediata. Primeiro, porque a concepção tradicional da psicologia se volta às questões individuais daquele que busca tratamento, enquanto que a política, muitas vezes é entendida como partidária.
Entretanto, para longe dos partidos, a política nos fala sobre 'formas de governo', governo dos outros sobre nós, de nós sobre os outros e nosso próprio autogoverno.
Por esta razão, Reich compreendeu que os sofrimentos ou as restrições nas potências de ser e agir, não são formados por questões individuais, mas por questões políticas. São formas de governo, nas micro e nas macro relações, que formam as doenças que aparecerão enquanto problema clínico.
A contribuição de Reich, que dará um expressivo suporte às discussões da clínica, dos ambientes educacionais e institucionais, é a perspectiva do que ocorre com o corpo. Não apenas falaremos de subjetividade, mas, sobretudo, como esses governos podem restringir os afetos a nível biológico e energético, em uma perspectiva holística e complexa.
O que eu vou aprender?
Neste curso você irá aprender...
● Sobre a definição corrente e definição reichiana sobre o fascismo e o contexto do livro Psicologia de Massas do Fascismo
● Como pensar a indissociabilidade entre política e sexualidade
● A utilizar o parâmetro clinico "a felicidade como parâmetro político"
● A compreender as divergências em relação a Freud: pulsão de morte e complexo de Édipo
● A analisar a lógica do senso comum de hoje, e da época de Reich, que coloca: prazer | sexualidade | natureza | destrutividade versus civilização | cultura | conhecimento | criação | educação.
● A investigar o papel das micro ditaduras cotidianas
● O funcionamento da repressão sexual na contemporaneidade
● A compreender a continuidade entre a Analise do Caráter (técnica clínica) e a Psicologia Política
● A entender a entrada de Reich nos movimentos políticos e sua crítica aos partidarismos
● Como se deu o “erro de cálculo” estabelecido historicamente nas lutas pela liberdade
● Sobre o papel da ideologia enquanto mecanismo de dominação social
● Explicar o papel dos medos, mitos e castigos na aceitação da Ordem Social
● Compreender como são produzidos os afetos reativos nas massas e como operam os fascismos, fanatismos e buscas reacionárias pela “liberdade”
● A função social da repressão sexual e o papel da autoridade compulsiva e o medo à responsabilidade
● Sobre a Democracia Natural do Trabalho e a Função Biológica do Trabalho
● A elucidar o fenômeno da “peste emocional”, sua relação com os traços caracteriais e como manejá-la terapeuticamente.
Mais informações: https://www.orgonomia.com.br/introduccedilatildeo-agrave-psicologia-poliacutetica-de-wilhelm-reich.html