16 out - 2021 • 19:00 > 16 out - 2021 • 21:00
16 out - 2021 • 19:00 > 16 out - 2021 • 21:00
Protagonismo feminino em cena. Cobogó das Artes leva Lady Macbeth para os palcos do Recife
No mês passado a
Cobogó das Artes fez um retorno triunfante aos palcos do Recife. Perdoa-me por me traíres, de Nelson
Rodrigues e Sonho de uma noite de verão,
de William Shakespeare levaram o público – quase 900 pessoas distribuídas em
quatro dias de apresentações – ao teatro. E se a última peça trouxe elfos,
fadas e duendes, agora é a vez de bruxas, trevas e feitiçaria. Dia 16 de
outubro, às 19h, no teatro Barreto Júnior, a Cobogó vai apresentar Lady Macbeth, do bardo Shakespeare. De
acordo com o crítico literário Harold Bloom, o texto é o mais tenebroso dos dramas shakespearianos.
A história acontece
na Escócia do século XI. Os generais Macbeth (Ednilson Azevedo) e Banquo (Ericsson
Chagas) voltam vitoriosos de uma guerra. No regresso, eles se deparam com três
bruxas que fazem uma profecia: Macbeth ganhará um título real e depois será
rei; já os filhos de Banquo serão os próximos soberanos. O primeiro presságio
logo ocorre, então Lady Macbeth (Kamila Ferreira) fica entusiasmada com a
possibilidade de se tornar rainha. Perversa e ardilosa, ela convence o marido
de que o assassinato do rei (Adriano Portela) é um passo imprescindível para a
realização da profecia. A partir daí inúmeros fatos envolvendo ganância,
traição, cobiça e morte passam a acontecer, e o espectador ainda terá um final
surpreendente.
A adaptação é de
Adriano Portela, fundador da Cobogó das Artes, e a direção é de Portela e
Polyana Luna. “Esta peça é uma das mais contundentes de Shakespeare. Na época
da sua primeira encenação – segundo os pesquisadores foi em 1611, no Globe Theatre, em Londres –, as
mulheres não podiam participar das montagens e os homens eram que interpretavam
os papéis femininos. Mas, na minha concepção, a Lady Macbeth é a mente pensante
desta história. Juntei essa teoria e dei vida a outras personagens mulheres
fundamentais para o contexto, e agora essa soberania feminina faz bastante
sentido em nossa adaptação”, pontua Portela.
“Fui convidada por
Portela para estrear na direção. Fico imensamente feliz por essa oportunidade e
acredito que estamos fazendo um trabalho lindo. Portela precisava desse olhar
feminino em sua adaptação e eu estou me dedicando ao máximo para suprir essa necessidade,
ele me escuta e estamos em total sintonia”, acrescenta Polyana Luna.
O visual gráfico da
peça é de responsabilidade de Antonio Valença. Ele que fez um trabalho
surpreendente com as artes de Perdoa-me
por me traíres e Sonho de uma noite
de verão, agora traz um traço mais sombrio e elegante ao mesmo tempo, bem
no clima da peça mais sangrante de Shakespeare. “O bom de trabalhar em uma
escola de artes é isso, explorar a sua criatividade. O que dá muitas
inspirações para criar um material diferente para cada espetáculo. E receber a
alegria dos alunos em se vê estampado em um cartaz é muito gratificante.
“Vamos fechar o
ciclo dos espetáculos Cobogó em grande estilo. Montar Lady Macbeth é mais que um desafio, é levar o nome do maior
dramaturgo de todos os tempos para um momento em estamos encerrando uma fase e
já iniciando outra, porque a arte é este ciclo criativo-amoroso sem fim”, diz
Rafaella Gomes, diretora de Produção. Ela também garante ao público que o
espetáculo vai seguir todos os protocolos de prevenção ao COVID-19.
Na sua equipe, Portela
também conta com a atriz e bailarina Vanessa Sueidy na coreografia e trabalho
de corpo, com o cosplayer Pedro Hugo na coreografia de luta. Camylla Herculano,
figurinista da casa, desta vez trabalhou em parceria com cosmaker Chris
Oliveira, que produziu as roupas. As fotos de divulgação são de Rafaella Gomes; a luz do espetáculo é de Horácio Falcão e a
maquiagem é de Alê Moura e equipe.
Sobre a Cobogó:
Desde agosto de
2017, Adriano Portela e sua equipe estão à frente da Cobogó das Artes, um
espaço de iniciação a todas as categorias artísticas (teatro, dança, cinema,
música, artes plásticas etc.). Em maio e julho do ano 2018, a escola estreou o
seu primeiro espetáculo: Lisbela e o Prisioneiro, do pernambucano Osman Lins.
A Cobogó também
produziu a comédia Lua de Sangue (2019) e o infantil Como se fora brincadeira
de roda (2019), ambos do dramaturgo Robson Teles, e fez barulho com o musical A
Família Addams (2020).
O objetivo da
escola, segundo Portela, é ocupar tanto a mente dos adolescentes da comunidade
como levar a arte para quem estiver interessado e que, por vezes, encontra
muita dificuldade de acesso, o que inclui a dificuldade financeira. A Cobogó das Artes fica no bairro de Areias,
ao lado do estúdio da Portela Produções.
Sobre Adriano Portela (Fundador da Cobogó):
Portela é
Jornalista, mestre em Teoria da Literatura (UFPE) e doutorando em Teoria da
Literatura (UFPE). Professor de Comunicação e Artes (Unicap). Fundador da
Escola Social Cobogó das Artes. Escritor com 11 obras publicadas (romance,
conto, ensaio e prefácio); seu romance A última volta do ponteiro recebeu o
prêmio internacional José de Alencar 2012 pela UBE do Rio de Janeiro e foi
adaptado para o teatro. No cinema, além de vários curtas realizados e
premiados, é diretor do primeiro longa-metragem de terror de Pernambuco: Recife
Assombrado (2019). O filme foi
finaciando pela ANCINE e hoje faz parte do quadro do Canal Brasil.
Portela também já foi repórter das emissoras: Rede TV!, TV Jornal, TV Clube e
TV Golfinho, em Fernando de Noronha.
Serviço:
Teatro Barreto
Júnior
Dia: 16 de outubro
de 2021
19h
Ingressos: R$ 40 e
R$ 20 (meia)
Assessora de
imprensa: Rafaela Quintino (81) 988785228
Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesRua Estudante Jeremias Bastos Pina
Recife, PE
Cobogó das Artes
A cobogó é um projeto da Portela Produções nascido em 5 de agosto de 2017. O Projeto é proporcionar momentos mágicos para as pessoas que muitas vezes não encontram oportunidades de conhecer o mundo das artes.
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