Lara Aufranc, idealizadora do elogiado projeto Lara e os Ultraleves, faz novo vôo após lançar o disco “Em Boa Hora” (2015). "Hora de ir embora" é a canção que abre o álbum e surge celebrando a mudança, a transição e o desapego. Sem deixar o groove de lado, Lara canta um rock com gingado de samba, com frases de guitarra à la Lanny Gordin e timbres de teclado que remetem à Tropicália. Agora, a faixa ganha clipe com ares retrô-futuristas e o público ganha a oportunidade de vê-lo projetado em show na Serralheria (São Paulo) no dia oito de dezembro. A noite conta ainda com pocket show de abertura de Laura Wrona, no pré-lançamento do álbum "cosmocolmeia".
No vídeo, a banda aparece tocando em meio a projeções geométricas - ora comportadas, ora sem qualquer controle. “Cada um de nós tem uma participação fundamental no caminho que escolhemos para as nossas vidas, mas uma parte imensa desse caminho é absolutamente imprevisível. Por isso, se faz tão necessário aceitar o descontrole em vez de lutar constantemente para controlar o incontrolável”, conta Lara.
O clipe é uma ode à entropia, à energia cinética, ao movimento e também a Alfred Hitchcock. O cineasta serviu de inspiração com o filme “Vertigo” (Um Corpo que Cai), no qual um sujeito sofre de vertigem. “Simbolicamente, a queda pode ser qualquer coisa – um fracasso, uma perda ou a própria morte. Ou seja, o medo da queda é tanto que acaba colaborando com o fracasso”, reflete a artista. As imagens geométricas e hipnóticas da Optical Art surgem como uma transcrição da vertigem para as telas. “Resolvemos, então, lidar com um símbolo duplo. De um lado, a vertigem como o medo absoluto, dominador. De outro, os grafismos da Opt Art como um mergulho, entrega e libertação. Trata-se de uma escolha: sucumbir ao medo ou entregar-se ao desconhecido”, conclui.
Tito Sabatini (diretor do clipe) - que em 2016 também criou videografismos para a turnê mundial de Rod Stewart e para a cerimônia de encerramento da Paralimpíadas - foi quem teve a ideia de usar projeções. “Gosto de trabalhar com projeção, LED, Vídeos 360º ou qualquer outro suporte que saia do quadro de vídeo que estamos acostumados, o 16:9”. Após um tempo pensando no conteúdo dessas imagens, Lara fez a ponte entre o medo, a vertigem e as figuras de Optical Art dos anos 60, sempre em diálogo com a faixa – que conta também com a participação do músico cubano Pedro Bandera na percussão, que faz parte das bandas Aláfia e Batanga.
Lara e os Ultraleves é, na verdade, o projeto de vida de Lara Aufranc. A artista, que iniciou seus estudos musicais aos 12 anos de idade e estreou como cantora ao lado de Maurício Maas (Barbatuques) e Flavio Tris em 2001, despontou como um dos nomes mais promissores da nova música brasileira em 2015 após o lançamento do disco “Em Boa Hora”, com o projeto Lara e os Ultraleves. Com formação em Artes do Corpo e Cinema, a artista de voz potente entrelaça imagem e som através de um trabalho autoral criativo e antenado com a música brasileira contemporânea.
No palco, Lara é acompanha por Allen Alencar na guitarra, Daniel Doctors no baixo, Kim Jinkings nos teclados e Victor Bluhm na bateria.
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