O espetáculo é exibido 'on demand'. Ou seja, sob encomenda.

Funciona assim:  a partir da hora da compra do ingresso, o link é liberado por 48h. E dentro deste período você pode assistir quantas vezes quiser. 

Bom espetáculo!

• LUIZA MAHIN...EU AINDA CONTINUO AQUI
  

O eixo da peça gira em torno da figura da mãe do poeta, jornalista, líder abolicionista e advogado Luiz Gama, mulher que teve o filho vendido como escravo, e que, desde então, nunca mais o viu na vida. O pai do menino, fidalgo de nascença, torrou o dinheiro herdado da família com festas e boemias, e quando viu-se à míngua, não teve pudores de transformar seu filho numa mercadoria, vendendo-o e entregando-o à própria sorte. Luiza Mahin também foi peça integrante na Revolta dos Malês, considerado pela história como o maior levante de escravizados da história do Brasil.

Juntamente ao drama dessa guerreira atuante, a autora do texto opera um salto espaço-temporal, na dramaturgia, deslocando essa figura histórica para os tempos atuais, onde sua voz se junta a de mais três mulheres, todas negras, atravessadas por tragédias pessoais que, todos os dias, estampam as páginas dos jornais e denunciam a vida interrompida de crianças, adolescentes e adultos, nas comunidades ou em outras esferas públicas desta cidade. Mais de duzentos anos após a violência sofrida pela mãe de Gama, vozes e corpos se juntam em cena para cantar, gritar e denunciar, na lata de quem está confortavelmente sentado na plateia, e de quem está assistindo em vídeo, um projeto de extermínio do povo preto e favelado, articulado por uma “inteligência” que está presa aos gabinetes dos batalhões policiais

O elenco é formado por Cyda Moreno, Márcia Santos, Márcia do Valle, Taís Alves e Jonathan Fontella. As atrizes interpretam as mães que encarnam a dor atemporal que o egoísmo capitalista finge não existir, enquanto o último representa o filho de todas elas.

Autoria: Márcia Santos  Direção: Jorge Maya

Realização: FUNARJ EM CASA

Classificação: Livre

Duração do Espetáculo: 70 minutos