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MACBETH EM CORDEL ou A PEÇA DO INOMINÁVEL

Sobre o produtor

Macbeth ganha adaptação para o cordel em espetáculo do Círculo de Atores 


Sergio Mastropasqua interpreta o papel título ao lado de Chris Couto que vive Lady Macbeth sob a direção de Thiago Ledier. A nova roupagem mantém a poética e o poder imagético do texto. 


 A trama mostra que a cobiça pelo poder são questões que acompanham a humanidade. A trilha sonora é da São Paulo Chamber Soloists.


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Unindo o universo de William Shakespeare e a arte do cordel, o Círculo de Atores chega com sua nova estreia: Macbeth em Cordel ou A Peça do Inominável no dia 9 de novembro, quinta-feira, às 20h30 no Teatro Alfredo Mesquita. Sergio Mastropasqua interpreta o papel título ao lado de Chris Couto que vive Lady Macbeth sob a direção de Thiago Ledier. A versão em cordel é dos autores cariocas Lafayette Galvão e Gilberto Loureiro. A temporada vai até 26 de novembro com sessões de quinta a sábado às 20h30, e domingos às 19h. 

Baseado na tragédia escrita entre 1603 e 1606, a peça começa com o regresso do nobre Macbeth, após a vitória de seu exército numa guerra civil. No meio do caminho, três bruxas o abordam e profetizam que ele será o próximo rei da Escócia. Ao contar a notícia para sua esposa, eles planejam o assassinato do rei Duncan, primo de Macbeth, para usurpar a coroa. Macbeth é conhecida por ser a tragédia da ambição desmedida, permeada  de assassinatos, loucura e paranoia. A montagem ganhou os contornos do cordel por Lafayette Galvão e Gilberto Loureiro, e teve  adaptação final de Ledier e Mastropasqua. 


“Essa versão se aproxima bem do público por meio da extrema clareza e mostra que o contexto da história está no cotidiano de nossa sociedade que é pautada pela violência. É um teatro popular de qualidade. Foi realizado um estudo profundo do texto para que a cadência rítmica não se sobrepusesse ao sentido da dramaturgia. As rimas aparecem, todavia não são os principais elementos e sim a narração e o conteúdo”, fala Ledier.


A direção procurou estabelecer um diálogo entre a tragédia de Macbeth e os dias de hoje;  a violência e a obtenção do poder por meios arbitrários são questões ainda dolorosamente presentes. Um dos momentos antológicos é quando a floresta se move no final da peça. A partir desta concepção, o cenário exprime a ideia da revolta da natureza contra as insanas ações humanas, responsáveis pelas mudanças e pelos extremos climáticos dos últimos tempos. A cenografia conta com pontaletes em uma estrutura de metal pintados de vermelho, reforçando o pensamento de uma natureza que sangra, avança, reivindica e retoma o seu lugar usurpado.


Os figurinos seguem uma linha que dialoga com a estética das forças de segurança, num mundo que parece estar sempre preparado para a guerra. As cores auxiliam a narrativa ao identificar os clãs que orbitam a história. A iluminação colabora com a criação de um ambiente calcado na desconfiança e no medo, com os próprios atores manipulando fontes de luz em algumas cenas. 


Em Macbeth, a trilha sonora liga cenas e personagens contribuindo para o andamento da trama com a direção musical da São Paulo Chamber Soloists. Fundada em 2020, a orquestra é formada por 14 solistas com ampla experiência internacional e foi idealizada e criada por Alejandro Aldana (Spalla da Orquestra do Theatro Municipal de São Paulo) e Matthew Thorpe (concertino da Orquestra do Estado de São Paulo). O grupo explora o repertório tradicional e não tradicional para orquestra de cordas, passando da música barroca, clássica, romântica e contemporânea, com ênfase especial em compositores pertencentes às comunidades minoritárias. 


UNIÃO DO ERUDITO COM O POPULAR

O projeto Macbeth em Cordel ou A Peça do Inominável pretende, através do encontro  estilístico entre o texto elisabetano e a linguagem em cordel, colaborar com a potência e a popularidade da obra de William Shakespeare. 


Esse tipo de adaptação já foi realizado antes: Ariano Suassuna escreveu Romeu e Julieta em cordel; Stelio Torquato Lima transportou onze peças do bardo para a linguagem em seu livro Shakespeare Nas Rimas do Cordel; outros cordelistas como Marco Aurélio e Sebastião Marinho também seguiram este caminho. Este procedimento de "tradução/recriação" conversa com o movimento Armorial, lançado no ano de 1970 por Ariano Suassuna, que aproximou artistas que tinham o objetivo comum de criar uma arte onde o erudito e o popular deveriam dialogar, quebrando pretensas e limitadoras escalas de valor. 


“Uma das principais particularidades da montagem é como o cordel explicita as imagens da peça, dando protagonismo ao texto através de suas cadências. Ao mesmo tempo em que se configura como teatro popular,  potente e visceral, trata da trágica realidade  imposta por grupos armados ilegais, pela glamourização da violência e pela corrosão institucional  que fazem cada vez mais vítimas ao redor do mundo. Não estamos longe da realidade apresentada em Macbeth, é só pensar nas guerras civis da Síria, Iêmen, Ucrânia; nas facções e milícias brasileiras e sul-americanas”, fala Sergio Mastropasqua. Mastropasqua  já atuou em algumas peças de Shakespeare como A Tempestade, Otelo e A Megera Domada.


Interpretando Lady Macbeth, Chris Couto ressaltou todos os ingredientes que envolvem a personagem e o espetáculo.  “Ela é uma pessoa articulada, bem cerebral, que não pode perder uma oportunidade ao visualizar uma brecha. Utiliza palavras muito fortes como na cena da invocação do mal. Essa história é um horror que não termina devido ao círculo vicioso da violência, poder e a busca por riqueza. É o retrato da humanidade e a  desumanidade juntas”.


Macbeth é tema de várias manifestações artísticas. A tragédia do poder, da culpa e da vingança já foi levada inúmeras vezes ao cinema (a primeira filmagem ocorreu em 1905, em formato de curta metragem), com destaque para as versões de Orson Welles, Roman Polanski e Akira Kurosawa. No cinema brasileiro, o filme A Floresta que Se Move, do ano de 2015, baseia-se na história do ambicioso general escocês.


Na literatura, a peça inspirou diversas adaptações literárias e teatrais, como por exemplo a versão satírica de Ionesco intitulada Macbeth e, ainda, a ópera de Shostakovich. Autores africanos da Nigéria e Gana também utilizaram a peça como base para retratar preocupações políticas e culturais de seus países. O texto ainda guiou diversas composições musicais, pinturas, gravuras, quadrinhos e arte de rua.


O Círculo de Atores após trabalhar na difusão da obra de George Bernard Shaw (1856-1950), através de 05 produções entre os anos de 2015 e 2023, parte agora para a montagem de um dos dramaturgos mais admirados pelo autor irlandês: William Shakespeare. Sergio Mastropasqua e Chris Couto estiveram no elenco da peça de A Milionária com a direção de  Thiago Ledier. A montagem rendeu o Prêmio Shell para a atriz. 



FICHA TÉCNICA


Texto: William Shakespeare  /   Direção: Thiago Ledier  /  Versão em Cordel: Lafayette Galvão e Gilberto Loureiro  /   Adaptação e texto final: Thiago Ledier e Sergio Mastropasqua  /             Elenco: Chris Couto, Sergio Mastropasqua, Eduardo Silva, Renato Caldas, Luti Angelelli, Guilherme Gorski, Camila Czerkes, Priscilla Olyva, Márcia de Oliveira, Nicolas Caratori, Luana Frez, Fernando Medeiros, Luisa Silva, Rodrigo Chueri, Patricia Pichamone (stand-in) /

Assistência de direção: Luana Frez  /  Cenário, Figurino e Direção de Arte: Chris Aizner / Cenotécnicos: Alício Silva - Casa Malagueta  / Costura Figurinos: Judite Geronimo de Lima / Iluminação: Nicolas Caratori  /  Trilha Sonora: São Paulo Chamber Soloists  /  Direção musical: Alejandro Aldana  /  Direção SPCS: Matthew Thorpe e Alejandro Aldana  /  Produção Executiva SPCS: Shanda Olandoski  / Operação de luz: Luana Frez  /  Coordenação técnica de som: Valdilho Cruz   /  Direção de palco: Henrique Pina  /  Design: Denise Bacellar  /  Assessoria de Imprensa: Adriana Balsanelli e Renato Fernandes  /  Fotos de cena: Ronaldo Gutierrez   /  Fotos de ensaio: Rodrigo Chueri  /  Registro em vídeo: Ícarus Audiovisual  /  Gerenciamento de mídias sociais: Selene Marinho e Sergio Mastropasqua  /  Produção: SM Arte Cultura  /  Direção de Produção: Selene Marinho   /  Coordenação de Produção: Henrique Pina  /  Produção Executiva: Patricia Pichamone   / Realização: Círculo de Atores.

 

Serviço:

Temporada: de 9 a 26 de novembro. Quintas, sextas e sábados, às 20:30h, e domingos às 19h. 

Ingressos: GRATUITO 

Sessões em Libras nos dias 16 e 23 de novembro. 

Classificação indicativa: 12 anos


Teatro Alfredo Mesquita

Endereço: Av. Santos Dumont, 1770

Capacidade: 198 lugares

ESTACIONAMENTO GRATUITO



Informações para imprensa: 


Adriana Balsanelli 

11 99245 4138

[email protected] 


Renato Fernandes

11 97286-6703

[email protected]


Produção

Selene Marinho

[email protected]

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