Circo Vitória, a mesquinharia, a luxúria e o incesto compõem o palco principal da trama. No centro do picadeiro, um filho raptado ainda novo, uma mãe em busca de vingança e uma mulher castigada e amargurada pela vida constroem, em diferentes núcleos e tempos, os maus tratos pela vida, seus pecados e tramas.

Sem o luxo, surrado pela vida e suas crueldades, lugar onde os que ali vivem da arte se perdem num dia a dia sem brilho, indigno e cheio de vícios. Seres perdidos dentro de suas próprias batalhas, de seus sonhos, segredos, vislumbres do próprio interior. Que então, em uma noite de São João, o picadeiro acendeu para uma aventura.

Do dramaturgo Paulo Faria, a premiada trama Mulher Macaco (prêmio Plínio Marcos de Dramaturgia em 2001) estreou no 15º Festival de Teatro TPC numa nova adaptação com direção do professor e ator Rafael Corrêa, neste processo para o festival e adaptação da peça pode-se ter o vislumbre da visão inovadora da narrativa do autor original pelas mãos do diretor, abordando assim temas polêmicos como a humanidade, interesse, violência, a ganância e o amor, todos distorcidos a sua maneira humana e egoísta que cada personagem tem para si dentro de suas próprias vontades e desejos

O mísero valor do egoísmo entre outras situações são postas escancaradas no enredo e o desenrolar da trama segue entre o presente e passado, de forma com que cada um se identifique com a própria dor para onde o limite levaria.