14 mar - 2017 • 18:15 > 14 mar - 2017 • 21:00
14 mar - 2017 • 18:15 > 14 mar - 2017 • 21:00
Mulheres Geotécnicas 2017 – 3ª edição
O Núcleo Regional de Minas Gerais tem o prazer de convidá-los a participar de um encontro técnico com as engenheiras Marilene Lopes e Cristina Tsuha, que apresentarão perspectivas sobre análises de risco em projetos geotécnicos. Em sua terceira edição, o evento confirma o enorme sucesso das edições anteriores e de seu formato único, que tem como premissa ser conduzido por grandes representantes geotécnicas do universo feminino, sendo uma profissional atuante em nosso estado e outra profissional de fora de MG.
Palestra 1: Sistema Integrado de Gestão de Riscos Geotécnicos: aspectos técnicos e de governança por Marilene Lopes (Gerente de Gestão de Estruturas Geotécnicas da VALE S.A)
Nos últimos anos a forma de tratar os
aspectos geotécnicos dentro da indústria de mineração no Brasil evoluiu
substancialmente, especialmente no que diz respeito aos monitoramentos
periódicos das estruturas. Os serviços, especialmente nas empresas de grande
porte, consolidaram um cenário de efetiva gestão de segurança das estruturas.
Essa evolução abriu caminho para que outros avanços ligados à gestão de risco
se mostrassem necessários, especialmente no que diz respeito a subsídios
técnicos para a tomada de decisão. Dentro desse contexto, um sistema integrado
de gestão de riscos geotécnicos, se configura como ferramenta de extrema
relevância para a efetiva priorização e gestão dos riscos geotécnicos. A
evolução de um sistema com base em análises qualitativas para um sistema com
caráter quantitativo que considera a aplicação de metodologias específicas para
o cálculo das probabilidades para os diferentes modos de falha das estruturas
geotécnicas e a valoração das consequências nas diferentes esferas de interesse
da empresa e da sociedade, permite obter os riscos monetizados das estruturas,
os quais possibilitam orientar as tomadas de decisão e priorizar as ações de
mitigação de riscos. No que diz respeito à governança, o conhecimento detalhado
do risco não garante a sua efetiva gestão. Assim, o sistema se completa com a
implantação de Escritórios de Riscos Geotécnicos, focados nos processos de
comunicação e de gestão dos riscos de todo o portfólio em questão.
Palestra 2: Segurança e Confiabilidade em Fundações por Cristina
Tsuha (professora do curso de graduação e pós graduação da EESC-USP)
Um projeto de fundações, como outros
projetos geotécnicos, envolve muitas limitações e incertezas (variabilidade
espacial do maciço geotécnico, investigação de campo limitada, incertezas nos
parâmetros de solo, modelos de previsão de capacidade de carga e recalque
limitados, efeito da instalação, incertezas quanto à transferência de carga
para os elementos de fundação, etc.). Como consequência destas incertezas,
sempre haverá, mesmo que mínima, a probabilidade de um elemento de fundação
falhar, tanto quanto ao estado limite último
(ruptura/colapso), quanto ao estado limite de serviço (sofrer recalque superior
a um valor aceitável). Para auxiliar o engenheiro projetista de fundações
a relacionar as incertezas e o risco envolvidos em um projeto de forma
racional, métodos probabilísticos têm sido desenvolvidos e utilizados em
projetos geotécnicos. Neste caso, o dimensionamento da fundação é feito de modo
que a probabilidade de falha de um elemento seja inferior a um valor prescrito
aceitável. Calculando-se a probabilidade de falha por meio desses métodos é
possível estimar o risco envolvido no projeto de fundação. A comunicação do
risco de modo transparente e racional é necessária. As avaliações de risco
estão cada vez mais se tornando uma exigência em muitos projetos de engenharia.
PROGRAMAÇÃO:
18:15 - Credenciamento dos Participantes & Welcome Coffee
18:45 - Apresentação NRMG e Introdução
19:00 - 1° Palestra
19:30 - 2° Palestra
20:00 - Perguntas / Debates
20:30 - Encerramento
Palestrantes
Marilene Lopes é engenheira Civil pela Escola de Minas da Universidade Federal de
Ouro Preto. Mestre em Geotecnia pela Universidade de Brasília e Especialista em
Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. Atuou durante muitos anos como
Gerente Técnica do Grupo Altran/TCBR, gerenciando o desenvolvimento de diversos
projetos financiados pelo Banco Mundial e BID, na área de infraestrutura, em
todo país. Posteriormente, trabalhou como Gerente de Projetos na Pimenta de
Ávila Consultoria, coordenando projetos de estruturas geotécnicas para
mineração, especialmente grandes barragens de rejeito. Atualmente trabalha na
VALE, na Diretoria de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos, como Gerente
de Gestão de Estruturas Geotécnicas. É responsável pelos processos de Gestão de
Riscos Geotécnicos e pela Gestão do Portfólio de estruturas geotécnicas da
Vale, bem como por estudos e projetos aplicados em Geotecnia e Recursos
Hídricos.
Cristina de H. C. Tsuha é engenheira
civil pelo Instituto Mauá de Tecnologia com experiência em projetos e obras de
fundações. Cursou mestrado e doutorado em Geotecnia da Escola de Engenharia de
São Carlos da Universidade de São Paulo. Fez estágio de pós-doutorado no
Institut National Polytechnique de Grenoble (França) na área de fundações.
Atualmente é professora na graduação e na pós-graduação na EESC-USP. Atua na
linha de pesquisa Engenharia de Fundações, com destaque para os temas:
segurança e confiabilidade de fundações, fundações por estacas helicoidais,
fundações submetidas a carregamentos cíclicos, modelagem física de estacas em
centrífuga e em câmara de calibração e fundações por estacas trocadoras de
calor.
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Belo Horizonte, MG
ABMS - NRMG
Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica
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