12 mai - 2019 • 11:00 > 12 mai - 2019 • 23:30
12 mai - 2019 • 11:00 > 12 mai - 2019 • 23:30
11hs - MIMO BAMBU em “O Catador de Risos”
(em frente a roda gigante do Parque Municipal)
Sinopse:
A palhaço BAMBU em “O Catador de Risos” cria uma dramaturgia improvisada que vai do lúdico ao nonsense, construindo as cenas de acordo com as reações do público, que participa efetivamente no processo de composição de cada momento. Um espetáculo interventivo criado nas bases da pantomima, da mímica, e da arte do palhaço, para dialogar com os mais variados espaços. “O Catador de Risos” é um espetáculo mudo, que tem como inspiração a obra de grandes mestres como: Charlie Chaplin, Buster Keaton, Marcel Marceau, Etienne Decroux, Jacques Lecoq, Rodolfo Meneses e Dario Fo. O ator interage com os passantes e o silêncio da voz potencializa a fala do corpo. Trata-se de um estado onde o corpo do ator conversa, sem o uso de palavras, com as mais inusitadas situações. Corpo em estado de troca, imagem, improviso e jogo são o combustível para o desenrolar do espetáculo no qual o personagem BAMBU não mede esforços para recriar a magia da própria vida em cena. Voltar a ser criança.
GRATUITO
18hs Lançamento do Livro "Olhares Negros – Raça e representação" de bell hooks com Rosane Borges
Rosane Borges é jornalista, doutora em ciências da comunicação, professora colaboradora do Colabor (Eca-USP) e do grupo de pesquisa Estética e Vanguarda. Conselheira de honra do Conselho Internacional Reinventando a Educação. Articulista da Carta Capital Digital e do site de Jornalistas Livres. Autora de diversos livros, entre eles Espelho infiel: o negro no jornalismo brasileiro (2004), Perfil de Sueli Carneiro (2009), Mídia e racismo (2012) e Esboços de um tempo presente (2016)
Para ela, nada tem mais importância do que as ideias e o conhecimento: “o mais importante em meus livros é a substância e não quem sou eu”. Por isso, bell hooks escreve seu nome desta forma: somente com letras minúsculas.
Com uma vasta produção ( possui mais de 30 livros, o que inclui obras infantis), a feminista, escritora, crítica cultural e ativista estadunidense é pouco conhecida (e traduzida) no Brasil para além dos círculos de organizações acadêmicas e de movimentos de mulheres negras. Porém, há um crescente interesse pela obra de hooks que fornece elementos fundamentais para a compreensão de questões conectadas ao debate de raça gênero e classe. Lançado neste mês de março pela editora Elefante com o apoio da Fundação Rosa Luxemburgo, o livro Olhares Negros – Raça e representação, questiona as narrativas construídas na literatura, cinema e música para representar a população negra, trazendo a tona pungentes reflexões sobre branquitude, negritude e a subjetividade das pessoas negras.
Com uma intensa influência do brasileiro Paulo Freire, a escritora defende a pluralidade dos feminismos e compreende a prática pedagógica como um lugar fundamentalmente político e de resistência nas lutas antirracista e anticapitalista. Neste sentido valoriza todo o tipo de conhecimento e pedagogia, incluindo aqueles que nascem fora dos ambientes acadêmicos, a partir das práticas cotidianas.
19:30hs
Quebra
A mistura do sagrado e profano não nos cabe, caminhamos para além. Somos remexidas do que transborda sem conceitos de bem ou mal, ate eles não são ofertados as nossas corpas oriundas da margem. Nunca tivemos acesso a sagrada comunhão então ousamos em criar a nossa própria comunhão. Se valer dos elementos para levar o pensar fora das suas representações, signos misturados aos nossos signos representativos criam outras possibilidades de estado. O nosso fazer ainda não foi categorizado mas caminha bem próximo do que os acadêmicos ousam em chamar de desperformance.
O rito, o mito, a lenda se misturam e é posta a escolha da decisão. Plateia e artistas são colocadas no mesmo lugar proporcionando a coletividade sacroprofana da nova ritualização. O sagrado tem nos perseguido desde o principio dos tempos causando dor, sofrimento, extermínio. Experimentamos cenicamente essa ritualização para talvez proporcionar aos expectadores essa outra possibilidade de comunhão. Das mãos sujas e repartido o pão, do próprio banho e servido o vinho e o pecado e dividido sem lugar para culpa. Quebrar sem remendo, cola ou liga. Somos feitas de pedaços, pedaços de hormônios, cabelos, mascaras, saltos, perfumes, silicone e ate mesmo de uma matriz que negamos.
Tempo aproximado de duração: 20min
20hs Apresentação “Glauco”
A peça passa por parte da imensa obra do escritor e "poeta marginal" Glauco Mattoso, recordista mundial de sonetos publicados registrado no Guiness Book, estes entram em cena para trazer ao publico o grito da invisibilidade das pessoas com deficiência visual e LGBT, em busca de trazer a tona diversas questões sociais e de gênero. Deixando de lado o senso de "coitado" das pessoas com deficiência visual, estas mesmas que tem desejos sentimentos, pecados, sonhos, que tem diferentes gêneros como quaisquer pessoa.
Para o espetáculo foram selecionados 15 sonetos do Glauco Mattoso que abordam dos temas da cegueira, invisibilidade social, sexualidade, gênero, fetiches entre outros.
Estes mesmos são alinhados com relatos reais vividos pelo ator deficiente visual Dudu Melo e o ator Vinicius Guedes, uma pesquisa de coreográfica do corpo proposta pelo Samuel Samways que traz elementos da dança contemporânea "queer" e um estudo de linguagens de um contexto urbano - marginal levantado pelo diretor Allan Calisto como pesquisa para cena, completam de forma orgânica a proposta do espetáculo, em uma pluralidade de linguagens da Dança, Teatro alinhados com musicista Gabriel Murilo, além de vídeo projeções de corpos invisibilizados pela sociedade, através do preconceito de gênero e com pessoas que tem deficiências.
O espetáculo também busca desmistificar o mito em que as pessoas com deficiência são "coitados" expondo seus sentimentos, angústias, gritos, relatos de solidão em locais repletos de pessoas, desejos ocultos, de uma forma leve, ao mesmo tempo ardente para que a pessoa que assiste entre dentro do universo trazido por Glauco.
av. Afonso Pena, S/N, Parque Municipal, centro
Belo Horizonte , MG
Rodrigo Santos
Contato via e-mail: digoferrariteatro@gmail.com
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