O Ágora Teatro dará continuidade  à temporada de CELSO FRATESCHI em Teatro virtual, com a reapresentação de O GRANDE INQUISIDOR, de Fiódor Dostoievski,  nas sextas e aos sábados ás 21h.

Após essa temporada também apresentaremos, em dias alternativos, DIANA, de Celso Frateschi e O HORÁCIO, de Heinner Muller. Todas apresentações serão seguidas de debate com o próprio Celso e/ou uma personalidade convidada, dentro de nossa proposta por um Teatro que é também assembleia de discussão e troca de ideias.

Obs: As sessões serão ás 21:00h e a sala estará disponível a partir das 20:45h após o inicio da peça não será mais permitido o acesso. Tente entrar com antecedência!

Quem não conseguir entrar no horário poderá assistir na próxima exibição, solicitando um novo ingresso pelo email agora@agorateatro.com.br .

DEBATEDORES

07/05 - Diana Junkes: É poeta, crítica literária e professora da Universidade Federal de São Carlos, onde coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Poesia e Cultura/NEPPOC CNPq. É pesquisadora produtividade no CNPq.

08/05 - Mario Vitor Santos: É jornalista do brasil24 e da tv247, onde apresenta o programa Forças do Brasil. Foi diretor da sucursal da Folha de São Paulo em Brasília e ombudsman do mesmo jornal, além de fundador da Casa do Saber. Tem mestrado em drama antigo e sociedade pela universidade de Exeter (Inglaterra) e doutor em letras clássicas pela USP.

14/05 - Renan Quinalha: É professor de Direito da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), advogado e ativista no campo dos direitos humanos.

15/05 - Cláudia Laitano: É jornalista, colunista do Jornal Zero Hora e autora do livro de contos, "Agora eu Era" (Editora Record) e " Meus Livros, Meus Filmes e Tudo Mais" (L&PM). Tem especialização em Economia da Cultura e é Mestranda em Literatura Brasileira pela UFRGS. Atualmente está passando uma temporada "sabática e pandêmica! em Nova York.

21/05 - Francisco Marshall - Classicista, historiador, arqueólogo e ativista cultural, prfessor titular de História na UFRGS

22/05 - Márcia Ivana de Lima e Silva - Professora Titular do Instituto de Letras da UFRGS, pesquisadora convidada do IEB-USP.

28/05 -

29/05 -

O GRANDE INQUISITOR TEATRO VIRTUAL

Fomos mais uma vez despertados pelo Grande Inquisidor, de Fiódor Dostoievski.

A situação que vivemos evoca insistentemente as questões humanas essenciais desse pequeno capítulo dos Irmãos Karamazov. 

Os limites impostos pela pandemia, nos instiga a reinventar o ato teatral já tantas vezes já reinventado. O desafio agora é monumental. Desde os primeiros espetáculos realizados em linguagem virtual no início da quarentena, percebemos que não se tratava apenas de transmitir uma peça por uma mídia diferente para se atingir uma relação teatral.

Os limites e as possibilidades dessa nova realidade da pandemia e da situação do nosso país, nos propõe, talvez nos exija, uma nova forma teatral e é isso que nos propomos buscar.

A escolha de O GRANDE INQUISIDOR como primeiro passo dessa pesquisa, deu-se de maneira natural pela estrutura da peça e pela contundência atual das provocações propostas por Dostoievski.

Formamos uma equipe mista com pessoas de cinema e de teatro e criamos um decálogo para nos guiar nessa busca.

DECÁLOGO

 1-Como no teatro, (théatron, o lugar de onde se assiste), o espectador mantém sua hierarquia na concreção da narrativa. 

2- O espetáculo acontece em tempo real. 

3- Olho no olho. A câmera, além do registro da imagem, é um personagem ativo da narrativa. 

4- A sala virtual é aberta antes do início do espetáculo para os espectadores se reconhecerem e eventualmente interagirem entre si. 

5- Uma das câmeras acompanha a preparação do ator. 

6- Durante o espetáculo permanece apenas a câmera do cenário.

7- No final, as câmeras dos espectadores são reabertas para que se possa conversar sobre o espetáculo e dar continuidade à assembleia teatral. 

8- O cenário deve ser concebido para potencializar a narrativa do teatro virtual. 

9- O dramaturgo e o ator permanecem como condutores da narrativa, juntamente com a câmera que se coloca como um personagem a mais.

10- Não é cinema. Não é vídeo. Não é teatro. É teatro e é virtual.  

FICHA TÉCNICA