OFICINA com Allan Kaplan e Ana Biglione:
QUE FORMA DE PENSAR LIBERTA AS NOSSAS CONVERSAS?
Uma abordagem fenomenológica
A
compreensão e a prática do diálogo não são novidade para aqueles associados à
Escola de Diálogo. O diálogo, como prática e como forma de ser, se tornou essencial
para interações sociais e tem sido amplamente promovido nos
últimos tempos.
Ele tem o
potencial de solucionar problemas
complexos sem reduzi-los ou simplificá-los; de possibilitar que as
pessoas realmente se encontrem, transpondo grandes barreiras; de promover
uma prática democrática e de cooperação coletiva para a solução de problemas;
de lidar com uma incessante ambigüidade e incerteza; de praticar a participação
e, ainda, de permitir que as pessoas sejam mais humanas em suas interações umas
com as outras.
Às vezes,
o uso do diálogo promove uma mudança
de desenvolvimento interna, em nós mesmos, que faz com que nos
comportemos diferentemente em variados aspectos na nossa vida, não apenas em
momentos de diálogo. Não há dúvida que o diálogo e conversas verdadeiras podem ajudar a nos tornar mais livres
em relação à nossa maneira de ser no mundo.
Ainda
assim, quando percebido apenas como uma ferramenta ou tecnologia, o diálogo
pode ficar na superficialidade instrumental que promove o meio para além do fim
e mantém inalterado exatamente aquilo que queremos mudar no mundo (e em nós).
Aprofundar
o diálogo até que ele se torne uma conversa verdadeira exige que
investiguemos as condições que permitem que encontros reais aconteçam. Existem
formas de pensar que sustentam conversas reais, que nos desafiam e nos permitem
encontrar os lugares dentro da gente, as formas de ver através das quais
conversas profundas podem emergir. Dialogar verdadeiramente pode promover uma
forma mais viva de pensar. Nesta oficina queremos abordar esse tema pelo angulo
oposto: iremos nos aprofundar nas práticas do pensar e ver, e explorar como essas
práticas possibilitam as conversas fluírem organicamente a partir das bases do
nosso ser.
A Proteus Initiative foi criada com a clara intenção e propósito de explorar a
arte e a prática da fenomenologia – em especial, aquela desenvolvida por JW
Goethe – como uma forma de promover um jeito de ser que é exaustivamente e
profundamente conversacional. Nessa
oficina desafiaremos a nós mesmos a exercitarmos os fundamentos de um pensar
livre e vivo que, a partir de si mesmo, irá nos levar ao diálogo como uma forma
de ser.
Como a maneira que pensamos se relaciona com a maneira que dialogamos?
Como a maneira que pensamos se relaciona com quem somos no mundo?
Esses
três dias de oficina pretendem ser uma introdução em profundidade a uma
abordagem que irá enriquecer a prática de todos que buscam se engajar com a
liberdade e a mudança como movimentos internos, e com o diálogo como o
entrelaçamento de tais movimentos.
Allan Kaplan é profissional de desenvolvimento, professor e escritor. Autor de
“Artistas do Invisível” (publicado em português pela Peirópolis), “The
development practiotioner handbook”, “The Developing of Capacity, and
Dreaming Reality – The Future in Retrospect”, entre outros. Atua
internacionalmente a partir da Proteus Initiative (baseada na Cidade do Cabo,
na África do Sul – www.proteusinitiative.org), fundada como uma maneira de
promover uma nova compreensão e abordagem dos métodos orgânicos e holísticos de
JW Von Goethe no campo de inovação social. Allan tem atuado extensivamente no
Brasil na última década e seu trabalho é uma tentativa de compreender as
conseqüências da verdadeira participação, da complexidade sócio-ecológica e da
tomada de consciência que sustenta liberdade e responsabilidade como uma das
polaridades que buscam pelo todo.
Ana Biglione é consultora e facilitadora de processos formativos e de desenvolvimento organizacional, atua pela Noetá e em colaboração com diversas organizações tais como Instituto Fonte (da qual é membro), Proteus Initiative, MOVE, entre outras. Formada em administração de empresas pela FGV-EAESP, Ana tem sua prática e estudos inspirados no método goetheano de desenvolvimento. Em sua trajetória no campo social foi conselheira do Instituto Hedging-Griffo e FICAS e trabalhou no Brasil, Argentina e Moçambique em organizações como IDIS, FICAS e Instituto Geração, que co-empreendeu e foi diretora executiva. Também fundou, junto à outros profissionais, a Associação Cultural Cuadra Flamenca e a Noetá.
DATAS: 26, 27 e 28 de abril
LOCAL: Escola de Diálogo de São Paulo – Rua Padre Cerdá, 163
HORÁRIOS: dias 26 e 27 – das 9 às 18 horas; dia 28 – até 14 horas
PREÇO: R$ 850,00; opções de pagamento parcelado peloSympla, com pequeno acréscimo
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
- pelo e-mail [email protected]
- pelo telefone (11) 3432-6642