09 set - 2021 • 18:45 > 09 set - 2021 • 20:00
09 set - 2021 • 18:45 > 09 set - 2021 • 20:00
Teatro PetraGold apresenta Soraya
Ravenle no show
UBIRAJARA
direção artística de Inez Viana
. apresentações em
transmissão ao vivo e presenciais (com plateia)
Cantorias
nas janelas e pátio do próprio edifício para aplacar a solidão durante a pandemia,
encontros com vizinhos com quem nunca havia conversado ao longo de quase 30
anos, e a descoberta do significado de Ubirajara, nome do seu edifício,
inspiraram o novo trabalho de Soraya.
Investindo
cada vez mais na diluição das fronteiras entre corpo, voz e interpretação, a
artista reconhece este trabalho como diferente de todos os que já fez.
APRESENTAÇÕES:
Dias 09 e 16 de setembro (5ªf) no Teatro PetraGold, às 19h
Rua Conde de Bernadote, 26 – Leblon /
RJ Tel: 21 2529-7700
INGRESSOS PARA TRANSMISSÃO AO VIVO E
ON-LINE: a partir de R$20,00
INGRESSOS PARA PLATEIA PRESENCIAL:
R$50 E R$25 (meia)
- o espetáculo com plateia
presencial segue as normas de segurança sanitária para a covid-19 e recebe 40
espectadores por sessão (10% da capacidade da sala)
ONDE COMPRAR E ASSISTIR: https://www.sympla.com.br/produtor/TeatroPetraGoldONLINE ou na bilheteria com até
1h de antecedência para plateia presencial
DURAÇÃO:
60 min / CLASS INDICATIVA: livre
Era ainda o primeiro semestre de 2020, início da pandemia, quando um planeta inteiro se resguardava em casa, perplexo, sem entender muito do que acontecia. Neste momento, artistas de todo o mundo ocupavam janelas e terraços com sua arte, cantando, dançando e tocando instrumentos na busca de trazer alento e diminuir a solidão de cada um isolado em seu quadrado. Assim fez Soraya Ravenle, ao cantar para os moradores do seu edifício, o Edifício Ubirajara - nome que deu origem ao show que começou a ser gestado em plena incerteza, e que agora chega aos palcos com direção de Inez Viana.
Ubirajara vem do idioma indígena Tupi, formado pela junção dos elementos “übürai”, que significa “lança” e ”yara”, que quer dizer “senhor” - “senhor da lança” ou “senhor da vara”.
“Ubirajara é o nome do prédio onde moro há 26 anos, onde criei minha filha. Somente durante a pandemia fui procurar saber o que significa esse nome. Somente durante a pandemia, cantei na janela e conversei com muitos vizinhos com quem não tinha trocado mais do que um bom dia, uma boa tarde, um boa noite. Bons encontros estão acontecendo na vizinhança. Novas redes de afetos… (…) Esse show nasce da cantoria na janela, que passou para a quadra do prédio e agora vai para os palcos, todos os possíveis… que nem sabemos quais serão…”, conta a artista.
Neste trabalho, que a própria Soraya reconhece como diferente de todos os que já fez, são difusos os limites entre corpo, voz e atuação – as três as expressões existem absolutamente interligadas. Numa fluidez cênica contínua, não vemos onde começa uma e termina a outra.
“Para mim, UBIRAJARA é um show libertador, onde as fronteiras do canto, da dança e da poesia, estão borradas, dialogando com esse nosso tempo atípico. São vários os estilos musicais que compõem o show, sobressaindo a canção brasileira, em toda sua potência e originalidade, agregando aos arranjos uma sonoridade peculiar.”, explica a artista.
Soraya Ravenle está fisicamente só no palco, mas em boa companhia, como ela mesma define. Em cena, dialoga com artistas e amigos que contribuíram com as bases sonoras, formando uma costura colorida de sons. Suas presenças são ouvidas ao longo de todo o show: Edu Krieger no violão; Maria Clara Valle no violoncelo; Joana Queiroz no clarone; Pc Castilho e sua flauta; Diego Zangado no batuque; Julia Bernat e Stella Rabello no violão e vozes; Pedro Luis na faixa dançante tirada do Arco do Tempo (CD de Soraya com músicas de Paulo Cesar Pinheiro), além de cantos à capela.
A diretora, Inez Viana, celebra o encontro artístico tardio com a colega de anos: “Além da alegria de compartilhar com a Soraya essa criação, o nosso encontro artístico me traz uma emoção singular, pois apesar de nos conhecermos há quase 30 anos, a minha admiração por seu talento, por sua trajetória e por sua eterna busca pelo conhecimento, aumenta a cada dia desse novo mundo, que estamos todes tendo que aprender a escutar e a lidar.”
SORAYA POR SORAYA
“Nessa idade em que me encontro, 58 x 365 dias, a sensação mais forte é de ter vivido muitas encarnações. A estudante de piano que fazia acrobacia, amava desenhar e também cantava no coral da escola e no grupo vocal judaico, fazia balé e teatro, enquanto trabalhava com bonecos e performava nas ruas com um grupo de teatro e dança. Que passou pela Cia de Atores e Bailarinos da Regina Miranda, fez vocal para Fernandinha Abreu e desembocou no teatro musical numa encarnação duradoura, de mais de 30 musicais. Nesses últimos 10 anos volta pra casa, um terreiro de pesquisa, estudos e liberdades. Ubirajara é dar asas ao desejo velho, muito velho, de provocar as conversas e interseções outras do corpo, voz e palavra, sabendo que as divisões são absolutamente ilusórias: voz é corpo que é palavra que é corpo que é voz que é... Assim nasce Ubirajara”, que começou com janelanças no prédio onde moro há quase 30 anos”, lembra Soraya.
ROTEIRO MUSICAL
Amor Até o Fim / Gilberto Gil
Quem é do Amor / Sérgio Sampaio
Nó Molhado / Monsueto
Outro Chão / Soraya Ravenle e Georgette Fadel
Jogo de Fora / Paulo César Pinheiro
Lama / Edu Krieger
Poema Mario Beneditti: Porque cantamos
Vento Voa / Soraya -Tatiana Roque e Ana Kiffer
Todo Cambia / Julio Numhauser
Eli Eli / Hanna Senesh
Matem Todos Os Ratos / Wallie Ruy
Rosa dos Ventos / Chico Buarque
Bela Ciao
Viola Enluarada / Marcos Valle
EQUIPE DE CRIAÇÃO
Idealização e Performance - Soraya Ravenle
Direção artística - Inez Viana
Figurino e Identidade Visual - Débora Crusy
Adereço – Malka Manczyk e Maria Oiticica
Luz – Tábatta Martins
Mixagem das bases - Nelsinho Freitas
Fotos: Cristina Granato
Edição do Teaser - Rodrigo Menezes
Imagens: Fernando Daghlian e Rodrigo Menezes
Produção executiva – Joel Tavares
Direção de produção – Aninha Barros
Assessoria de imprensa - JSPontes Comunicação
O POEMA DE MÁRIO BENEDETTI: “POR QUE CANTAMOS”
Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares
e a vida é nada mais que um alvo móvel
você perguntará por que cantamos
se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza
e o coração do homem se fez cacos
antes mesmo de explodir a vergonha
você perguntará por que cantamos
se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram as árvores e céu
se cada noite é sempre alguma ausência
e cada despertar um desencontro
você perguntará por que cantamos
cantamos porque o rio esta soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino
cantamos pela infância e porque tudo
e porque algum futuro e porque o povo
cantamos porque os sobreviventes
e nossos mortos querem que cantemos
cantamos porque o grito só não basta
e já não basta o pranto nem a raiva
cantamos porque cremos nessa gente
e porque venceremos a derrota
cantamos porque o sol nos reconhece
e porque o campo cheira a primavera
e porque nesse talo e lá no fruto
cada pergunta tem a sua resposta
cantamos porque chove sobre o sulco
e somos militantes desta vida
e porque não podemos nem queremos
deixar que a canção se torne cinzas
Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
Saiba como editar participantesEste evento tem a comodidade e a praticidade de uma transmissão online com a melhor experiência garantida pela Sympla.
Selecione o evento desejado e toque no botão acessar transmissão *
Prepare-se! Para participar é necessário ter o Zoom instalado.
TEATRO PETRAGOLD ONLINE
Os dados sensíveis são criptografados e não serão salvos em nossos servidores.
Acessa a nossa Central de Ajuda Sympla ou Fale com o produtor.