Um dos principais problemas educacionais brasileiros é o pouco que o jovem lê. Segundo pesquisa Retratos de Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro em 2016, 44% dos brasileiros afirmam não ter lido nenhum livro no trimestre anterior à pesquisa. A escola desempenha um papel fundamental. Mas, fora dela, o estímulo ainda é pequeno. 67% consideram que não houve uma pessoa que incentivasse a leitura em sua trajetória. Como aproximar o jovem da literatura? Pensando nisso, a Câmara de Ensino Fundamental II e Médio, por meio de sua coordenadora Cristina Detomi, convidou o ator Odilon Esteves para apresentar uma palestra cênica de estímulo à leitura.

Como aproximar o jovem da literatura? Para abrir uma janela é uma palestra-cênica de estímulo à leitura, destinada a educadores, a partir do ponto de vista do leitor. Apresenta um panorama literário diverso, interativo, fundado na relação afetiva de um leitor com seus livros, de sua convivência com eles, com as histórias, com os personagens, com as diversas linguagens, com as palavras. O objetivo é trazer a arte - especialmente a literatura - para o universo dos alunos de uma forma sensível, através de um mergulho afetivo no mundo dos livros. Nesta edição, o projeto passeia pelas veredas de Adélia Prado, Antonio Cicero, Caio Fernando Abreu, Carlos Drummond de Andrade, Chacal, Chico Buarque, Clarice Lispector, Fernando Sabino, João Guimarães Rosa, Manoel de Barros, Mario Quintana, Osman Lins, Paulo Leminski, Ulisses Tavares, Vinicius de Moraes, e de alguns autores estrangeiros, tais como Bertolt Brecht, Charles Bukowski, Eduardo Galeano, Fernando Pessoa, Jacques Prévert, José Régio, Julio Cortázar, Kafka e Rainer Maria Rilke.

Dia: 24/04
Horário: 14h às 16h30
Local: Sede do SINEP/MG (Rua Araguari, 644, Barro Preto)
Inscrições: GRATUITAS

Odilon Esteves é ator, professor e diretor de teatro. É membro-fundador da Cia. Luna Lunera, de Belo Horizonte, com a qual realizou diversos espetáculos premiados. No cinema, atuou nos longas “Batismo de Sangue” (2006), de Helvécio Ratton; “Matraga” (2009), de Vinícius Coimbra; “Família” (2009), de Guilherme Reis; “O Senhor do Labirinto” (2010), de Geraldo Motta; “Deserto Azul” (2014) , de Éder Santos; “Cada dia uma vida inteira” (2014), de Cris Azzi; e “Arigó” (2018), de Gustavo Fernández. Na televisão, atou na minissérie “Queridos Amigos” (2008), de Maria Adelaide Amaral, com direção  de Denise Saraceni, produção TV Globo; e “Sertão: Veredas” (2008), docudrama baseado na obra de Guimarães Rosa, com direção de Willy Biondani, produção Bossa Nova Films. Como educador, foi um dos criadores do Núcleo Cênico do Colégio Arnaldo, BH/MG (1997-2007), projeto de ensino de teatro para alunos do 9º ano à 3ª série do Ensino Médio. Desde 2015 vem se dedicando à palestra- cênica “Para abrir uma janela”, apresentada em colégios e faculdades, com objetivo de incentivar a leitura.