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150 anos da Comuna de Paris
Por 4º Criador - Espetáculos e Espectadores Engajados
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A Comuna foi a História dos 72 dias em que Paris, a maior cidade do continente europeu, esteve nas mãos dos trabalhadores.
Dizer que a Comuna de Paris completa em 2021 seu sesquicentenário, valendo-nos de um termo incomum, talvez não seja adequado exatamente por ter sido ela, a Comuna, obra de pessoas comuns. Nos seus 72 dias de existência, mulheres, homens, pessoas de “grossa cultura”, ousaram governar a maior capital europeia continental. Desafiando leis sociológicas e governos conservadores, erigiram com pedras e sonhos a “República Universal”, a nova sociedade alicerçada na justiça e no bem comum. Antes de pagarem o preço por essa ousadia, dançaram, amaram e criaram, subvertendo assim a própria ideia de governo e de Estado-Nação. A Comuna foi tudo isso e não apenas...
Nosso propósito é comentar cronologicamente aspectos centrais da experiência parisiense de 1871. O esforço se concentrará basicamente nas realizações sociais, econômicas e políticas que caracterizaram esse evento único na história do século XIX.
As mulheres, de diversas tendências político-ideológicas, tiveram participação fundamental nas discussões que a antecederam e mesmo nas lutas e organização prática da Comuna de Paris de 1871. Certamente, inúmeras delas, mulheres das classes trabalhadoras, permaneceram no anonimato histórico. Outras, como Louise Michel, André Léo, Nathalie Lemel e Elisabeth Dmitrieff (que pode ter sido enviada por Marx para participar da Comuna) tiveram sua presença ressaltada, embora nem sempre com tanta frequência como a de outros militantes. A presença e a militância feminina, nesse momento fundamental da história da classe trabalhadora e mesmo das movimentações sociais, deve ser observada em sua importância fundamental para o referido momento histórico, mas, sobretudo em sua contribuição às lutas sociais e femininas em diversos momentos históricos que as sucederam. Conhecê-las é conhecer e construir nossa história e memória. Além disso, seu significado presente é fundamental para compreender nosso tempo e organizar as lutas por transformação transformação social de que tanto carecemos - pautada no apoio mútuo e na solidariedade, bem como na emancipação e igualdade. Somos, porque mulheres como Louise Michel, foram!
"Com o propósito de sublinhar o papel dos artesãos, Frank Jellineck asegurou que a Comuna de Paris tinha sido uma “revolução de sapateiros”. Partindo desta premissa, a figura do sapateiro e chefe de barricadas Napoleon Gaillard nos serve de pretexto para analisar a enorme preocupação da Comuna, através da Federação de Artistas, pelo “luxo comunal”, isto é, a fusão das belas artes e as artes decorativas com a vida cotidiana. O “luxo comunal”, um programa inédito na história das insurreições populares, questionou, na trilha de William Morris, os cimentos do capitalismo, ao propor a abolição da divisão do trabalho, a autonomia da arte e do artista e a legitimidade do Estado."
Miguel Ángel Suárez Escorbio
"O objetivo da comunicação será recuperar a proposta e a prática de educação na Comuna de Paris (1871). Nossa hipótese é que tal proposição se processou a partir das lutas sociais pela educação laica, das ideias surgidas sobre educação e ensino dos congressos da Associação Internacional dos Trabalhadores e das experiências de “escola ativa” protagonizadas por educadores progressistas de Paris."
Wanderson Melo
A proposta é o olhar para o cenário político atual e as insurgências anarquistas em perspectiva comparada com a Comuna de Paris, pensando em possíveis aprendizados que podemos extrair deste evento para o presente.
ALEXANDRE SAMIS
Docente Titular Aposentado do Colégio Pedro II, Depto. de História. Atuou no Ensino Fundamental e Ensino Médio. Compôs a diretoria do Sindscope em duas gestões. Pesquisador do Grupo de Estudos do Anarquismo (GEA- UFF), do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Anarquismo e Cultura Libertária (GrPesq/CNPq/UERJ) e do Instituto de Estudos Libertários (IEL).
SAMANTHA LODI
Professora de história nas Faculdades Integradas Maria Imaculada - FIMI, Mogi Guaçu-SP, membro do Coletivo de Mulheres: Maria Lacerda de Moura, pesquisou Louise Michel em seu doutorado na FE-Unicamp com a tese: "Entre a pena e a baioneta: Louise Michel e Nadezhda Krupskaia: educadoras em contextos revolucionários"(2016).
SAMANTA COLHADO MENDES
Licenciada, bacharel e mestre em História pela Unesp (Franca). Título da Dissertação: “As mulheres anarquistas na cidade de São Paulo (1889-1930)”.
Tem artigos publicados sobre o tema e sobre atuação das mulheres trabalhadoras anarquistas em momentos históricos como a Comuna de Paris.
Atualmente atua como professora de História na rede municipal de ensino de São Paulo e tutora nos cursos de graduação, pós-graduação e extensão do Clareriano-Centro Universitário.
MIGUEL ÁNGEL SUÁREZ ASCORBIO
Formado em História pela Universidad de Geografía e Historia de Oviedo (Asturias); mestre em História Contemporânea pela Universidade Federal Fluminense (UFF); doutor em História Contemporânea pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Editor e redator de Maldita Máquina. Cadernos de Crítica Social.
WANDERSON MELO
Graduado em História (PUC-SP). Mestrado e Doutorado em História Social (PUC-SP). Professor na Universidade Federal Fluminense (UFF), Curso de Serviço Social da UFF, Campus de Rio das Ostras.
DANIEL AARÃO REIS
Professor titular de história contemporânea da Universidade Federal Fluminense e pesquisador 1A do CNPq. É autor, entre outros livros, de: A revolução faltou ao encontro; 1968, a paixão de uma utopia; Ditadura e democracia no Brasil; Luis Carlos Prestes, um revolucionário entre dois mundos e A revolução que mudou o mundo/Rússia, 1917. Áreas de especialização: as revoluções socialistas no século XX (especialmente a história das revoluções russas e do socialismo soviético) e a história das esquerdas brasileiras no pós-1945.
FHOUTINE MARIE
Paraense, jornalista e cientista política. Foi membro do coletivo Ativismo ABC, responsável pela Casa Lagartixa Preta, espaço cultural autônomo que esteve em atividades por 15 anos em Santo André/SP. Pesquisa gênero, relações étnico raciais e resistência política. Organiza o simpósio temático sobre Anarcofeminismo no Fazendo Gênero ao lado de Fernanda Grigolin. Editora de conteúdo feminino no Portal iG.
Este ciclo de palestras faz parte do projeto 72 Dias - Uma experiência de autogestão - uma mostra artística sobre a Comuna de Paris que acontecerá entre 18 de março e 28 de maio, no Instagram. Clique aqui para saber mais.
Curadoria: Alexandre Samis
Palestrantes: Alexandre Samis, Daniel Araão, Fhoutine Marie, Miguel
Ángel Suárez Escobio, Wanderson Melo, Samantha Lodi e
Samanta Colhado Mendes
Moderadores: Ana Karenina, Cibele Troyano, Henrique Juliano e João Raphael Alves
Intérpretes de libras: Anderson Cantarino e Andressa Samanta da Silva
Comunicação: Ana Karenina, Henrique Juliano e Marcelo
Chaffim
Produção: Ana Karenina Riehl, Cibele Troyano, Daniela
Lemes, João Raphael Alves e Marcelo Chaffim
Este projeto foi contemplado no Edital Retomada Cultural - Lei Aldir Blanc
Você poderá editar o participante de um ingresso apenas uma vez. Essa opção ficará disponível até 24 horas antes do início do evento.
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