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Amor, Pecado e Perdição

O Brasileiros e o Brasil na Obra de Nelson Rodrigu

Por Gaby de Saboya

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Descrição do evento

Curso sobre - Amor, pecado e perdição - O brasileiro e o Brasil na obra de Nelson Rodrigues com o Diretor Moacyr Góes.

Serão oito aulas ao vivo, terças e quintas, das 19 às 22 horas.

Início dia 18 de Maio.

Para atores e interessados.

Sobre o Diretor

Moacyr de Góes Filho (Natal, Rio Grande do Norte, 1959). Diretor. Funda a Companhia de Encenação Teatral (CET) que, nos anos 1980, se dedica à pesquisa teórica e ao treinamento corporal. Elabora sua linguagem com inventividade plástica e construção preciosista.

Em 1982, forma-se em direção teatral na Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio). Seus primeiros trabalhos como diretor são duas montagens para o público infantil - Sonho de Uma Noite de Verão, de William Shakespeare, e Olho de Gato, de Cora Ronai, ambos em 1985. Os dois espetáculos lhe valem o Troféu Mambembe de direção. No ano seguinte, o espetáculo Nosferatu busca a desconstrução da narrativa e da interpretação, em texto cujos diálogos são escritos por Janice Theodoro da Silva para um roteiro de ações que ela ignora, elaborado pelos idealizadores do projeto, Beti Rabetti e Moacyr Góes. Dentro dessa proposta de experimentação, os atores trabalham também sem conhecer o texto nem as teorias de onde vêm as propostas para a interpretação. Em 1987, Góes encena Woyzeck, de Georg Büchner, utilizando-se de microfones e uniformizando uma coxia onde os atores atuam como um coro neutro.

Em 1988, funda a Companhia de Encenação Teatral que, funcionando em uma sala inaugurada nos fundos do Teatro Villa-Lobos, permite atividades intensivas de pesquisa e ensaios. O Espaço III é inaugurado com Baal, de Bertolt Brecht, em uma encenação que, com ênfase na utilização plástica dos grupos e na expressão física dos atores, se distribui, com ação simultânea e ininterrupta, por quatro palcos que circundam a platéia. A direção recebe os prêmios Molière e Shell. O diretor passa a integrar o seleto rol de iniciativas patrocinadas pela Shell, que financia seus projetos durante vários anos seguidos. Em 1989, Góes dirige dois espetáculos: A Trágica História do Dr. Fausto, de Christopher Marlowe, e Os Cegos, de Michel de Ghelderode.

Em 1990, a encenação de A Escola de Bufões, também de Michel de Ghelderode, eleva ao ponto máximo o resultado do trabalho corporal da companhia. Em 1991, encena Os Gigantes da Montanha, de Luigi Pirandello, numa cenografia que, mais uma vez, envolve a platéia por todos os lados. A montagem de Antígone, de Sófocles, traz o ator Ítalo Rossi (1931-2011) no papel de Creonte e Marieta Severo (1946) no papel título. A crítica Barbara Heliodora (1923-2015) enaltece na montagem o extremo despojamento e a consciência da proposta transmitida ao elenco, razão do seu equilíbrio e o diretor recebe o Prêmio Shell de melhor direção de 1992. A partir dessa montagem, o diretor começa a buscar a comunicabilidade da cena. Em 1993, realiza três direções. Adapta a peça O Sonho, de August Strindberg, dando ao espetáculo o título de Epifanias.

A companhia se dissolve e o diretor passa a realizar uma carreira autônoma. Reúne Leon Góes e Floriano Peixoto, ex-atores da companhia em O Livro de Jó, espetáculo que inaugura sua gestão à frente do Teatro Glória. O texto de Clara Góes propõe uma disputa entre Deus e o Diabo, decidida por uma aposta que consiste na prova impingida a Jó. Dirige novamente o ator Ítalo Rossi em Comunicação a uma Academia, de Franz Kafka, 1993, considerado pela crítica um espetáculo divertido e comunicativo. Depois de encenar Henrik Ibsen e Christopher Marlowe, em 1994, e Sófocles, em 1995, Góes volta à dramaturgia de Clara Góes em Abelardo e Heloísa, 1995, que conta com a atriz Letícia Spiller como destaque do elenco. Seguem-se O Doente Imaginário, de Molière, 1996, Cartas Portuguesas, de Mariana Alcoforado, e Divinas Palavras, de Ramón Del Valle-Inclán, todos em 1997.

Em 1998, Góes, transfere-se para o Teatro Carlos Gomes como diretor artístico, encenando dois textos de Nelson Rodrigues (1912-1980): Toda Nudez Será Castigada e Os Sete Gatinhos. Segundo o crítico Macksen Luiz (1945), a direção desta última sublinha o aspecto melodramático da peça aproximando as personagens de tipos e substituindo dimensão trágica "por imagens que caricaturam uma estética barata"1. Toda Nudez, apesar de protagonizado por Marília Pêra (1943-2015), tem seu conflito principal esvaziado pela direção, com conseqüente perda de carga dramática. Em 1999, o diretor se dedica à figura de Arthur Bispo do Rosário, falecido artista interno da Colônia Juliano Moreira, na criação de A Via Sacra dos Contrários - Bispo Jesus do Rosário, de Clara Góes. Em 2001 adapta Pinóquio, de Carlo Collodi, para o público adulto, e em 2002 dirige Tônia Carrero (1922) em A Visita da Velha Senhora, de Dürrenmatt, em comemoração aos seus 80 anos de vida.Inicia sua carreira na linha do teatro de imagens que marca os anos 80, incorpora o trabalho formal à fase posterior, quando, por meio da encenação, imprime uma mesma linha de atuação a elencos que reúnem atores de diversas escolas.

Em 2000, Moacyr Góes, passa a dirigir novelas para a TV Globo e em 2003 inicia a carreira de diretor de cinema com os filmes Dom e Maria, Mãe do Filho de Deus, Trair e coçar é só começar, O homem que desafiou o Diabo, Bonitinha mais Ordinária e Gabeira (documentário).

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Sobre o produtor

Gaby de Saboya

Jornalista, repórter, apresentadora, comentarista, narradora, atriz e produtora. CEO da G Entretenimento & Audiovisual. Produtora que produz conteúdo para programas de TV, Web, Podcast, eventos, espetáculos culturais e eventos online.

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