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Por 3emeio Cultura em Movimento
Intermediário
Escrever a si mesmo: como o Ocidente inventou o Eu.
Nesse momento histórico onde cada vez mais sentimos a urgência de questionar aquilo que nos tornamos, assim como as estruturas de nossa identidade, é importante compreendermos como o que entendemos por “ocidente” está profundamente vinculado a uma invenção peculiar. Trata-se da invenção da noção de “eu”. Esse processo através do qual aprendemos a falar “eu”, a falar de nós mesmos, é longo e complexo. Nele, mistura-se construções teológico-políticas, jurídicas, filosóficas e literárias.
Nesse curso, vamos então compreender como o ocidente inventou regimes de escrita de si. Regimes esses que pareciam portar alguma capacidade terapêutica de cura, que permitiriam certa maneira de tomar posse de si, de encontrar a si mesmo. Podemos mesmo dizer que, de alguma forma, até hoje tais escritas estão entre nós, constituindo um horizonte de formas de relação a si.
Esse curso fornece um modo de reflexão filosófica na qual é possível compreender as tensões e dispersões das genealogias de si que ainda nos habitam. Ele ainda permite a compreensão das articulações entre instauração filosófica, construções clínicas e crises sociais. Se queremos, nesse momento, sair de uma modernidade que parece cada vez mais problemática, precisamos entender como ela se formou, assim como suas tensões internas. Essas tensões serão abordadas a partir de quatro modalidades diferentes de escrita de si: as confissões (Agostinho), os ensaios (Montaigne), as meditações (Descartes) e os pensamentos (Pascal).
O curso traz 4 aulas gravadas e material de apoio. Os alunos terão acesso as aulas gravadas pelo período de 01 ano.
Abaixo a descrição de cada aula:
Aula 1: O si mesmo como uma invenção teológico-política: Foi se confessando que aprendemos inicialmente a dizer “Eu”. As confissões de Santo Agostinho
Aula 2: Um Eu em errância e movimento. Os ensaios, de Montaigne. O aparecimento da literatura, escrever a si mesmo diante de mundo em crise e depois da melancolia.
Aula 3: Destruir a si mesmo com método. Uma escrita da decomposição de si como modo de reinvenção moderna do Eu. O que fez de Descartes o início da filosofia moderna. Lendo As meditações a contrapelo
Aula 4: Um Eu que fala de si em fragmentos. A escrita da suspeita de si e uma outra forma de teologia do Eu. Os Pensamentos, de Pascal
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O 3emeio Cultura em Movimento surgiu em 2012, na cidade do Recife, com o intuito de fomentar arte e cultura do público pernambucano. Incentivando reflexões e formando o público por meio de cursos, workshops, fóruns, seminários, laboratórios e residências artísticas. Produção de festivais, plataformas digitais e projetos socioculturais. Atua em parceria com museus, instituições, fundações, centros culturais e de economia criativa em Pernambuco.
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