O mito, contato pelo grande tragediógrafo grego, Eurípides, é assombroso:

Primeiro ela abandona o pai: não é filha. Depois, mata o irmão: não é irmã.

Abandonada pelo marido: não é esposa.

Finalmente, mata os filhos: não é mãe.

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Após uma série de conquistas e perdas, Medeia é levada a cidade de Atenas pela carruagem puxada por dragões enviada pelo seu avô, O Sol.

O mito de Medeia há milênios fascina audiências e nos levanta as seguintes questões, que nortearão esse percurso: quem é Medeia? A que e a quem suas artes servem? Qual é o papel social e político da bruxaria dentro da democracia hoje?

Vamos ler juntos a tragédia Medeia, de Eurípedes?

“No mundo o dolo se avoluma,

declina o empenho pelos deuses;

mas há de me afamar o câmbio da fama:

honor se direciona à estirpe fêmea;

infâmia não mais afetará as fêmeas.”

- Eurípides

Beatris Ribeiro Gratti é bacharela em Filosofia e mestre em Linguística pela Unicamp. É professora de latim e grego antigo e também astróloga e taróloga.

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