25 abr - 2021 • 18:00 > 25 abr - 2021 • 22:00
25 abr - 2021 • 18:00 > 25 abr - 2021 • 22:00
Nos dias 24 e 25 de abril, o público terá acesso,
via YouTube, ao espetáculo cênico digital POEMA, protagonizado por Edjalma
Freitas e dirigido por Quiercles Santana, a partir do livro TETRALOGIA
DA PESTE (dois tempos, uma cidade), do jornalista, poeta e gestor
cultural Antonio Martinelli.
Nascido sob o
signo do isolamento social, ocasionado pela pandemia do Novo Coronavírus e publicado em 2020 pela n-1
edições, o livro seduz pela enorme carga
dramática, pela virulência das palavras e pelo choque de visões inauditas que
os seus textos carregam em si, qualidades essas que convocaram o desejo do ator
pernambucano de levar à cena os textos do autor paulista.
Submergindo,
desde dezembro último, na escrita sangrada de Martinelli, em ensaios que se
estenderam ao longo do primeiro trimestre de 2021, na busca por formas de
instaurar epifanias, metaforizar situações, criar atmosferas, luzes, sons,
movimentos e texturas, a equipe de trabalho tem esculpido no tempo e no espaço
da sede do Cênicas Cia. de Repertório, no Recife Antigo, as tentativas e erros
que abriram para os caminhos possíveis no decurso da investigação.
O cruzamento de Teatro com o Audiovisual é um
outro desafio para a equipe, empenhada
em produzir um resultado que dê conta das duas linguagens, produzindo uma obra
que seja um deleite para os olhos, para os ouvidos, para o pensamento. Daí o convite feito a Tuca Siqueira, consagrada realizadora do cinema
nacional, cujo olhar delicado está
totalmente colocado a serviço de POEMA.
No
atual estado de catástrofes (não apenas sanitárias mas também políticas, não
somente no Brasil como no mundo), em que milhares de vidas estão sendo ceifadas
por um vírus letal e por políticas de massacre das classes menos
favorecidas, POEMA se coloca como uma
arma de guerra e de reflexão crítica, ao mesmo tempo comovente, furiosa e
irônica (sem ser cínica). O intuito é provocar desvios, atritos, fagulhas que
desentorpeçam a plateia e a faça pensar os pesares e ponderar sobre o sentido
de continuar existindo, resistindo e persistindo, em suma, de continuar a
continuar.
À questão colocada por Theodor Adorno, filósofo alemão da Escola de Frankfurt: “depois de Auschwitz, a poesia continua possível?’, o espetáculo parece responder afirmativamente que sim, é possível. O que não cabe por ora, para nosso desespero, é a poesia agridoce, delicada, pueril e escapista. Agora é a hora e a vez da poesia embebida nas águas virulentas da peste, expressando a hostilidade, o crime e a crueldade dos dias que correm.
FICHA TÉCNICA
ATUAÇÃO: EDJALMA FREITAS
AUTORIA: ANTONIO
MARTINELLI
DIREÇÃO: QUIERCLES
SANTANA
DIREÇÃO
AUDIOVISUAL: TUCA SIQUEIRA
TRILHA SONORA
ORIGINAL:
PEDRO HUFF E TARCÍSIO RESENDE
CENOGRAFIA E
FIGURINO:
LUCIANO PONTES
ILUMINAÇÃO: LUCIANA RAPOSO
PROVOCAÇÃO
CORPOVOZ:
HENRIQUE PONZI
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Companhia do Ator Nu
Fundada em 2005 pelos atores Edjalma Freitas e Henrique Ponzi a Cia. do Ator Nu vem desenvolvendo ao longo desses anos trabalhos teatrais de bastante relevância para o estado de Pernambuco. Dentre os trabalhos realizados destacamos: Cartas para um Mozartiano (2005); Fio Invisível da minha cabeça (2008); Encruzilhada Hamlet (2009); Além do Ponto (SP); Espetáculo Na Solidão dos Campos de Algodão (2012); O ideal e a glória (2019) e sua recente estreia, Poema (2021).
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