QUADRA 16
Em julho acontece a nova temporada de Quadra 16, projeto de Cris Moreira,
aprovado na Lei Municipal de Incentivo
à Cultura de Belo Horizonte. A temporada será realizada na Funarte, de 03 a 07
de julho, quarta a sábado às 19h30, domingo às 16h e 18h30.
Os ingressos serão vendidos a preço popular (20 reais inteira, 10 reais meia
entrada) e podem ser adquiridos pelo Sympla.
Em 2008, Cris
Moreira teve uma gestação gemelar, perdeu um dos filhos, Francisco, com apenas
dois dias de vida. Ao mesmo tempo acompanhou João, gêmeo de Francisco, na UTI
pelo período de 79 dias. A partir da sua
experiência, a atriz criou a palestra-performance QUADRA 16. A obra
busca contribuir para uma discussão mais ampla sobre a maternidade, sobre o
luto parental e sobre a invisibilização da dor materna durante esse processo. Para
Cris "a dor de vivenciar algo tão efêmero, as formas de lidar com a
ausência, a solidão desse tipo de maternidade e o silêncio sobre o assunto
foram as minhas motivações para essa criação.” Cris afirma também que "a morte de um filho é
algo completamente inesperado para os pais, e mesmo em situação de risco, onde
se vê a iminência da morte, não existe nenhum tipo de preparação para tal
acontecimento”.
Para falar sobre
esses temas, a atriz optou pela linguagem da palestra-performance, dando assim,
continuidade à pesquisa já desenvolvida junto ao Coletivo Conectores de
investigação da performance, da utilização de dispositivos documentais em cena
e o audiovisual. Desde 2009, Cris Moreira, junto ao Coletivo Conectores,
pesquisa a interação entre teatro, performance e audiovisual. Um de seus
principais trabalhos, o espetáculo Rosa Choque, propôs uma reflexão sobre a
violência contra a mulher. A nova
montagem segue a sequência de trabalhos artísticos da artista que têm como base
o diálogo com os direitos humanos e sociais através de reflexões sobre os temas
através do teatro.
SINOPSE
QUADRA 16 trata do luto
materno e da invisibilização da dor durante esse processo, entendendo que, na
nossa sociedade, a gravidez é pública, mas a dor da perda é privada.
FICHA
TÉCNICA
Direção,
dramaturgia e atuação/performance: Cris Moreira
Colaboração
artística: Andreia Quaresma, Babi Amaral e Talita Braga
Direção
de texto: Ana Hadad
Iluminação:
Marina Arthuzzi e Cristiano Oliveira Araújo
Cenário
e figurino: Marina Sandim
Criação
audiovisual: André Veloso
Trilha
sonora original: Daniel Nunes
Coordenação
de produção e Gestão: Cris Moreira – Esparrama!
Produção
executiva: Luísa Monteiro
Assistente
de produção: Fabiana Brasil
Coordenação
de Comunicação: Babi Amaral
Programação
visual: Tiago de Macedo – Estúdio Ofício
Assessoria
de Imprensa: Jozane Faleiro – Luz Comunicação.