SISMA ESTREIA ONLINE COM DUAS EXIBIÇÕES SEGUIDAS DE DEBATE COM EQUIPE DE CRIAÇÃO

"Um fio de céu ancorado nas nuvens

Pedaços da palavra viagem

Naquilo que é lacuna, encalço, rastro,

vestígio, metáfora, metade"

(Lis Nobre)

Artista internacional manauara, Lis Nobre, estreia seu mais novo solo, Sisma, uma performance de circo contemporâneo. O trabalho trata de maneira poética a questão da distância e abalos sísmicos e identitários vivenciados pela performer que cria e vive entre o Brasil e a Grécia.

A montagem conta com o apoio da Lei Aldir Blanc, através do prêmio Prêmio Feliciano Lana da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Amazonas. A equipe intercultural une artistas do Brasil, França e Grécia na colaboração do projeto que será estreado online, através de transmissão seguida de debate, nos dias 15 e 16 de maio de 2021. Os horários são 16h (Manaus), 17h (São Paulo) e 23h (Atenas). A cada dia, após a transmissão, haverá debate com a equipe de criação e convidados.

Pelo caráter intercultural da obra, ela vem sendo desenvolvida online e à distância desde antes da pandemia. O processo de pesquisa se começou em novembro de 2018, tendo algumas etapas de elaboração e discussões até o início da montagem em dezembro de 2020. O diretor Xristo Kaouki vive na França e a dramaturga Juliana Pautilla no Brasil, entre São Paulo e Minas. Após o prêmio foi possível integrar na equipe artistas manauaras como Yara Costa (colaboração artística) e Eliberto Barroncas (trilha sonora), parceiros importantes na formação e colaboração na carreira de Lis Nobre. Lis saiu de Manaus há quase 20 anos para estudar circo, pois na cidade não havia formação na área, e desde então não parou mais de rodar o mundo, tendo já visitado vários continentes. Sua trajetória desde então é marcada pelo retorno à cidade sempre com o intuito de manter suas relações artísticas e contribuir com a pesquisa em linguagens híbridas.

A ideia de criação do espetáculo Sisma nasce de um encontro entre abalos sísmicos e rupturas identitárias. Nasce de uma cisma sobre ser quem se é, em trânsito por territórios diversos. Uma ideia que não sai da cabeça e que sempre retorna, um corpo em estado de turbulência e calmaria, uma ilha em constante deslocamento tectônico. O trabalho possui um forte apelo visual, usando de elementos naturais como suportes cenográficos e poéticos. É um trabalho de circo contemporâneo que permite a mistura de linguagens junto a uma reflexão filosófica e conceitual, propondo circografias múltiplas e abertas – objetos naturais, aparelhos circenses, sonoridades, textos disruptivos – a serviço da poética catalisada pelo corpo da performer que interconecta todos esses elementos.

Data: 15 e 16 de maio

Horários: 16h (Manaus), 17h (São Paulo) e 23h (Atenas)