Estreado em 2019, vencedor do Troféu Açorianos de Melhor Dramaturgia 2019 e segundo
Melhor Espetáculo no Prêmio Braskem em Cena 2020. Terra Adorada é resultado de pesquisa
iniciada em 2016 por Ana Luiza da Silva. Depois de vivenciar o cotidiano em terras Kaingang e
Mbyá-Guarani no RS, acompanhar mobilizações, se aproximar da luta dos povos indígenas pela
preservação de seus direitos e começar a reconhecer sua ancestralidade Kaingang, Ana
mergulhou na criação do espetáculo que faz uma crítica à sociedade não indígena.
Um espetáculo sobre nós, dirigido a nós, os brasileiros que não se consideram índios.
Entrelaçando narrativas vivenciadas em terras indígenas Kaingang e Mbyá-Guarani, notícias
jornalísticas, dados históricos, palavras de pensadores indígenas contemporâneos, além de
memórias sobre sua origem indígena, Ana Luiza da Silva apresenta um olhar crítico sobre esse
Brasil parido à força, inventado a partir das dores de mulheres pegas no laço. Um espetáculo
sobre um país que vai pra frente.
A atriz, em performance, revisita memórias da infância no interior do RS, traz à cena
informações documentais, relatos sobre suas vivências nas terras indígenas. O espetáculo
propõe um olhar crítico sobre as relações, ainda colonialistas. Uma denúncia sobre a situação
dos povos indígenas no Brasil.
Após o espetáculo haverá uma roda de conversa "A articulação das mulheres Kaingang pela garantia de seus direitos" com Sueli Khey Kaingang, Vilmara da Silva e Ana Luiza da Silva.
*Meia-entrada para: estudantes, idosos, professores, classe artística e para qualquer pessoa que não tenha possibilidade de pagar a entrada inteira.