V Semana Científica de Psicologia da Faculdade Ari de Sá (FAS)

Link para edital de submissão de trabalhos e mais informações: https://faculdadearidesa.edu.br/v-semana-cientifica-de-psicologia-da-faculdade-ari-de-sa/

ATENÇÃO: AS INSCRIÇÕES NOS MINICURSOS E OFICINAS PRECISAM SER EFETUADAS PELOS LINKS CORRESPONDENTES, ESTES ESTÃO RESPECTIVAMENTE AO LADO DE CADA ATIVIDADE NA PROGRAMAÇÃO. 

TEMA

A Construção Social da Realidade

A escolha pelo tema central deste evento é uma tentativa de resposta ao que se interpelou a nós no último ano. O aparecimento da pandemia cria um mundo novo ou torna mais claro o mundo em que vivíamos? De toda forma, a experiência pandêmica não nos passará de forma inócua. Assim, os três eixos envolvidos foram escolhidos por se tratar de dimensões que surgiram com protagonismo neste cenário. A saúde, evidentemente, mas também o papel da mídia, o lugar da democracia, o fenômeno do negacionismo, e nossos modos de enfrentar, resistir e tentar modificar a realidade são os elementos que estarão em debate ao longo do evento. Eles estarão distribuídos a partir de três eixos: a) Mídia, Estética e Corpo; b) Negacionismo, Democracia e Saúde; C) Resistência, enfrentamento e cidadania – ações para uma psicologia sem muros.

EIXOS

a) Mídia, Estética e Corpo;

Em sociedades que se organizam pela presença de um grande contingente de pessoas, como são muitas de nossas cidades atuais, é preciso considerar um grau de complexidade das interações urbanas que muitas vezes são inacessíveis aos seus cidadãos a não ser através da mídia. Assim, a mídia ganha espaço privilegiado na mediação de nossa relação com a própria comunidade criando regimes de visibilidade e invisibilidade. Entretanto, ao mediar ou reportar o interesse comum aos sujeitos, a própria dimensão midiática ajuda a criar a realidade, posicionando o que é importante, elegendo aquilo que seria propriamente reconhecido como o interesse público e nos vinculando a temas e pautas que organizam nossos desejos, aspirações, medos. Os efeitos da mídia na produção da nossa forma de perceber o mundo (estética) e a nós mesmos individualmente e coletivamente se tornará o fio condutor dos debates nesse eixo.

b) Negacionismo, Democracia e Saúde;

A relação entre Democracia e Saúde não deve ou pelo menos não deveria soar como novidade a qualquer Brasileiro, sobretudo, desde o ano de 1988. A proclamação da constituição “cidadã” atribuir como responsabilidade do Estado e, portanto, direito de cidadania, a saúde para todos os brasileiros.  O próprio Sistema Único de Saúde (SUS) e seus princípios doutrinários, os quais sustentam e estruturam práticas e ações de cuidado, só são possíveis a partir de um entendimento político específico e de uma posição do Estado também específica. Entretanto, o fenômeno do negacionismo – que se apresenta das mais diversas formas dentro de nossas sociedades, mas em geral tem um solo comum na rejeição de evidências indubitáveis em relação a consensos de que algo seja um fato – vem se tornando não só um obstáculo, mas também interferindo nas ações e práticas de cuidado com impactos diretos sobre a qualidade da democracia. Muitas questões importantes daí se derivam como supostos conflitos entre economia e saúde, os efeitos da negação dos representantes do Estado em relação as questões de saúde pública e os conflitos entre interesses e direitos individuais e direitos coletivos.

c) Resistência, Enfrentamento e Cidadania - Ações para uma psicologia sem muros;

Ponto pacífico entre grandes pensadores sobre o nosso mundo é o quanto nosso modelo de desenvolvimento social produziu discrepantes desigualdades. Essas, então, historicamente se tornam lugares para pensar isso mesmo que esquecemos de pensar. Ao longo do tempo, construímos ações sobre o mundo que não foram eficientes em responder às nossas necessidades humanas ou, quando muito, respondiam parcialmente e para uma parte de nós. Assim, é possível debater sobre os modos de enfrentamento, de resistência e de participação nos rumos que estamos dando ao mundo pela visualização e invenção de outras práticas que não as habituais. Com isso, não é que se coloque um necessário combate aquilo que já foi feito, mas uma postura de abertura a novidade criativa que se integre como possibilidade de ampliação do que foi feito e está sendo feito, mas também a inauguração de outras formas de ajudar a construir nosso destino respondendo às necessidades latentes ainda não contempladas. 

PROGRAMAÇÃO

QUINTA-FEIRA (27/05/2021)

8h00 – 9h30 – Conferência de Abertura: “A Construção Social da Realidade”

Dr. James Ferreira Moura Júnior (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira – UNILAB)

10h00 – 11h30 – Apresentações de trabalhos

16h00 – 17h30 – Oficinas e Minicursos

Oficina 1: Oficina de Expressão Corporal - Clique AQUI para se inscrever na oficina

Thiago Braga (Professor, Ator e Bailarino)

Oficina 2:

Arte sobrevivência, arte resistência: vivências nas periferias e comunidades quilombolas durante a pandemia - Clique AQUI para se inscrever na oficina

Maria Borges (UFC) e Laís Santos (UFC);

Minicurso 1:

Psicologia e Políticas Públicas - Clique AQUI para se inscrever no minicurso

Me. Mayrá Lobato Pequeno (CREPOP – CRP/11)

18h00 – 18h30

ATIVIDADE CULTURAL

18h30 – 20h00

Oficina 3:

Arteterapia e os percursos estéticos do nosso corpo – Clique AQUI para se inscrever na oficina

Amanda Jereissati (UFC), Calos Duran (UFC)

Minicurso 2:

Sistema Único de Saúde (SUS) e a Psicologia - Clique AQUI para se inscrever no minicurso

Esp. Linda Inês Oliveira Diógenes (ESP/CE) 

Minicurso 3:

Necropolítica, Pandemia e a relevância de um projeto ético-político de atuação em psicologia - Clique AQUI para se inscrever no minicurso

Me. Danielle Negreiros (Comitê de Prevenção e Combate a Violência do Estado do Ceará)

20h20 – 21h50

MESA 1

Saúde, Justiça e Democracia

Me. Lirian Mascarenhas (UNI7); Jairo Dias (Centro Socioeducativo Patativa do Assaré – SEAS);

MESA 2

População em Situação de Rua e Modos de Resistência no Contexto Pandêmico

Esp. Elias Figueiredo (Centro POP – SDHDS); Me. Andrea Esmeraldo (Prefeitura Municipal de Maracanaú)

SEXTA-FEIRA (28/05/2021)

8h00 – 9h30

MESA 3

Transgeneridade

Me. Letícia Carolina (UFPI); Me. Noá Bonoba (UFC)

MESA 4

“Achar um ninho, Nem que seja no peito um do outro”: os potenciais de enfrentamento da vivência comunitária

Me. Nara Goes (ESP/CE); Coletivo Ser Ponte (Representante); Louise Anne de Santana; Lila M. Salu; Adriana Gerônimo  

10h00 – 11h30

Oficina 4

Arteterapia - Clique AQUI para se inscrever na oficina

Isabel Viana (ATENÇÃO - Vagas: 20 participantes)

Minicurso 4

Gênero e Psicologia: introdução e articulações possíveis - Clique AQUI para se inscrever no minicurso

Rafaela Gomes Paes Barreto (UFC);

Oficina 5

Onde/Como encontrar a arte como forma de alívio diante às tensões recorrentes do nosso dia-a-dia - Clique AQUI para se inscrever na oficina

Cleórgina Assunção (UFC); Jéssica Bernardo (UFC) - 

16h00 – 17h30

ATIVIDADE CULTURAL

18h30 – 20h00

MESA 5

Influenciadores digitais: identidade, corpo e estética sob os olhares da psicologia e da comunicação;

Me. Maira Morais (Papo de Gordo); Me. Samuel Alcântara (LAEpCUS)

MESA 6

Negacionismo, Democracia e Saúde – Dr. Frederico Castro Neves (UFC); Dra. Janaína Lobo (UNILAB); Dr. Pedro Santos (PARALAXE);

20h20 - 21h50

Apresentações de Trabalhos

SÁBADO (29/05/2021)

8h00 – 9h30

MESA DE ENCERRAMENTO

Trabalhando para futuros possíveis – Dra. Lara Calais (UFES); Dra. Cândida Dantas (UFRN);

10h00 – 11h30

Sarau com participação da Biblioteca Comunitária OKUPAÇÃO