A linguagem simples facilita a relação entre o poder público e a população. Torna a comunicação acessível por meio do uso de termos mais amigáveis e comuns, além de reduzir o uso de elementos linguísticos que dificultam a leitura, mesmo de pessoas com alta escolaridade.

São Paulo tem registrado iniciativas nesse sentido. O Executivo Municipal instituiu o Programa Municipal de Linguagem Simples, por meio do Decreto nº 59.067 de 11 de novembro de 2019, e o Legislativo Municipal aprovou a Política Municipal de Linguagem Simples, Lei Municipal nº 17.316, de 06 de março de 2020. Elas seguem um movimento bem-sucedido em pelo menos 11 países - os governos internacionais utilizam a técnica de comunicação Plain Language (em português, Linguagem Simples), que compreende uma série de diretrizes de escrita, estrutura da informação e design.

EA atual crise causada pelo coronavírus (Covid-19) exige que Administração Pública implemente, de forma ágil, os preceitos da Linguagem Simples não apenas para fornecer respostas rápidas e orientações claras, mas também para promover maior transparência e uma comunicação mais efetiva com toda a população, em especial com as pessoas em maior situação de vulnerabilidade.

Objetivos:

O seminário irá propor reflexões sobre a importância de o setor público usar as diretrizes de Linguagem Simples para promover a igualdade, a cidadania e a resposta rápida em situações de crise.

Público Alvo: 

Cidadãos(ãs) e Servidores(as) Públicos(as) com interesse no tema, estudiosos(as) e especialistas em Linguagem Simples.

Formato: O evento será transmitido via streaming em www.facebook.com/eparlamento, permitindo interação com o público espectador. A mesa terá duração de 1 (uma) hora e contará com exposições de autoridades da CMSP e da Profª Heloísa Fischer*. Em seguida, será realizada exposição de 30 (trinta) minutos do (011).lab, que apresentará as principais diretrizes do Programa Municipal de Linguagem Simples e exemplos concretos de textos.

*mestranda em Design pela PUC-Rio na linha de pesquisa Ergonomia, Usabilidade e Interface Humano-Computador (2019-2021), onde estuda os efeitos da complexidade textual na compreensão de serviços públicos. A professora ainda é autora do livro “Clareza em textos de e-gov, uma questão de cidadania”, primeiro livro sobre Linguagem Simples editado em português, cofundadora do grupo de estudos Laboratório Interdisciplinar de Linguagem Clara (LincLab) e membro do Plain Language Association International (PLAIN), rede global de profissionais e apoiadores de Linguagem Simples.